Após perder por dois a zero no Monumental de Nuñez, a LDU recebeu em sua casa, na altitude de Quito de 2850 metros acima do mar, o River Plate pela partida de volta das oitavas de final da Copa Sul-Americana 2015, e precisando de uma vantagem com dois gols de diferença para se classificar, os rojiblancos apostavam na força do estádio Casa Blanca para passar de fase.
Com uma vantagem significativa, e com o pensamento no mundial de clubes no final do ano, o técnico Gallardo garantiu que o River irá focar na competição, e que almeja mais um campeonato internacional. Com isso, a equipe argentina precisava administrar o placar para garantir-se nas quartas.
Mesmo com o gol de Mina para a LDU, o atual campeão da Sul-Americana conseguiu segurar a pressão do time de Quito e os dois gols marcados em casa classificaram os argentinos. Agora, o River espera o vencedor de Chapecoense x Libertad, para definir quem o time irá enfrentar nas quartas de final.
Pressão da LDU e River Plate tentava administrar o resultado
Jogando em casa e precisando de uma grande vantagem para se classificar, a equipe rojiblanca foi ao ataque aproveitando-se da força de sua torcida e de sua bola área para tentar marcar o primeiro gol e ter tempo para ampliar. Porém, o técnico Gallardo armou seu time para marcar forte e alto, fazendo com que a LDU saísse do seu campo defensivo em pressão. Com isso, os minutos inicias foram de muita vontade, mas de pouca criação por conta das duas equipes.
Na metade da primeira etapa, o River já tomava conta da posse de bola, e administrava a sua vantagem que era de dois gols e fora construída na partida de ida. Embora seja um resultado difícil, a Liga de Quito acreditava no placar positivo, e disputava cada espaço do campo para ter a posse poder criar chances. Mas, além do placar, o time da casa corria contra o tempo, e muitas vezes se mostrava nervoso e impaciente na partida.
Abusando de cruzamentos na área, a LDU usava desse fator para criar, uma vez que, o time não conseguia chegar por baixo. Com isso, o time da casa começou a levar perigo com a presença de muitos jogadores dentro da área, e esperando uma falha de algum zagueiro argentino. Barovero já tinha feito duas defesas importantes em cabeçadas de Morales e Matamoros, e a Liga de Quito já era melhor que o River, que perdera o controle do jogo.
Intensidade incrível da LDU, gol, perda de pênalti, mas insuficiente para classificar
A pressão da LDU continuava no segundo tempo, e Barovero continuava salvando o River de um resultado pior. Aos nove minutos, a alteração que mudaria toda a partida foi feita, e Mina entrou em campo. Com isso, bastou um toque na bola do atacante, para a LDU chegar ao tão desejado gol. A bola chegou para o atacante na área que cabeceou com tudo para o fundo da rede e enlouquecer a torcida de Quito.
Era impressionante a pressão imposta pela Liga de Quito e o River se defendia a todo custo, com todos dentro da área. A intensidade da LDU foi tanta, que aos 16 minutos, quatro chutes a gol. Aos 17, Alvez cai na área e o Wilmar Roldan marca pênalti para os rojiblancos, enlouquecendo a torcida local. Na cobrança, o próprio Alvez, que com sutileza, deslocou o goleiro, mas jogou o segundo gol de Quito para fora, à esquerda do gol de Barovero, que comemorou feito um gol.
Após a pressão inicial, o River se prevaleceu de sua condição física para administrar o resultado e ficar com a posse de bola no campo de ataque. Sánchez, mandou na trave e quase classificou os argentinos com antecedência. No final, a LDU ainda esboçou uma nova pressão em busca de um gol para levar aos pênaltis, mas, sem condição física por conta do desgaste inicial, foi insuficiente.