O baile do São Paulo que complicou o Palmeiras


Não foi apenas uma vitória do São Paulo sobre o Palmeiras. O que aconteceu foi um passeio, um verdadeiro baile, tanto que o placar de 3 a 0- dois gols de Luís Fabiano e um golaço de Denílson- acabou sendo até modesto diante da imensa superioridade tricolor, que poderia ter balançado ainda mais as redes não fossem as boas defesas do goleiro palmeirense Bruno.

E qual foi a grande defesa de Rogério Ceni?

Que eu me lembre, nenhuma. Ceni não chegou a ser incomodado.

São detalhes que mostram a diferença.

Diferença que já existiu desde o começo do jogo. Enquanto o São Paulo entrou com três atacantes- o endiabrado Lucas, Osvaldo e Luís Fabiano- o Palmeiras tinha uma formação estranha, com Valdivia e Daniel Carvalho nas meias, Barcos sozinho à frente e sem nenhum jogador de velocidade.

Como chegar ao gol desse jeito?

Além disso, sejamos justos, existiam as individualidades. O São Paulo tinha um driblador como Lucas, que deixou, com uma ginga, Márcio Araújo no chão, antes de chutar, Bruno tocar de leve na bola, que bateu na trave para Luís Fabiano empurrá-la para as redes.

Dono de maior posse bola, do maior número de finalizações (o balanço do primeiro tempo apresentava 17 chutes do São Paulo contra 7 do Palmeiras), o tricolor mandou no jogo e o segundo gol- um chutaço de Denílson de fora da área- apenas refletia o que se via em campo.

No segundo tempo, o técnico Gilson Kleina até tentou mudar o Palmeiras, com Tiago Real e Luan entrando nos lugares de Daniel Carvalho e Márcio Araújo. Mas aí veio a expulsão de Artur, surgiu o terceiro gol do São Paulo-marcado por Luís Fabiano- e aí vieram as contusões de Juninho e Valdivia, essas coisas que acontecem quando nada dá certo.

Para o São Paulo, sim, deu certo. Mas para o Palmeiras, que está a seis pontos do Coritiba- o primeiro fora da zona da degola- a derrota complica ainda mais a sua situação. Pois além de correr atrás de pontos salvadores, ainda tem de juntar os cacos e levantar a cabeça, depois de tão má atuação e tão contundente derrota.

Escrito por Roberto Avallone às 19h22
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Conhecido ao longo dos tempos como Choque- Rei, desde a época em que decidiam os títulos, São Paulo e Palmeiras terão neste sábado um clássico tenso (espero que apenas dentro do campo), pois o empate não será bom para nenhum dos rivais. Vencer é preciso: o tricolor para avançar rumo ao G-4, o grupo que vai disputar a Libertadores, embora tenha uma eventual conquista da Copa Sul- Americana como alternativa; o Palmeiras, em contradição já citada, tem assegurada a presença na Libertadores, mas tenta evitar o mais grave, o perigo maior de rebaixamento.

A rodada desta quinta-feira aumenta ainda mais a pressão palmeirense, pois o Coritiba venceu a Ponte Preta (1 a 0, gol de Deivid) e está cinco pontos à frente do Palmeiras. Assim, restaria à equipe de Gilson Kleina a dura missão de vencer o tricolor, no Morumbi, e esperar pelo confronto direto da próxima semana, quando enfrentará o Coritiba, em Araraquara. Com bons resultados, ultrapassaria também o Sport, que foi goleado pela Portuguesa, nesta quinta-feira por 5 a 1.

Ah, e o tabu? Sim, ele existe, pois o São Paulo não perde para o Palmeiras no Morumbi há dez anos- em 18 jogos, 11 vitórias do tricolor e 7 empates. Garantia de continuar o jejum?

Não, claro que não, pois a História não entra em campo.

E nem ouso dar palpite para este jogo. Prefiro ficar com a frase atribuída a Dadá Maravilha de que “clássico é clássico e vice-versa”.

A  BATALHA  POR  ALEX

Como já se supunha, vários clubes já manifestaram interesse em contratar Alex, que rescindiu seu contrato com o Fenerbahçe. Enquanto César Sampaio, diretor de futebol do Palmeiras, afirma que já conversou com ele, embora nada tenha decidido (mesmo com o otimismo do técnico Gilson Kleina, padrinho de casamento do jogador) e a torcida esteja animada, o Cruzeiro surge também como forte concorrente. Assim, como Muricy Ramalho, que gostaria de vê-lo no Santos. Ou como o Coritiba, onde o meia começou. E ainda como o Grêmio, que está mais quieto, mas que tem Luxemburgo, um técnico com quem sempre Alex se deu bem.

Enfim, uma briga e tanto.

Ah, em tempo; não disse e nem escrevi, em momento algum, que Alex teria compromisso firmado com o Palmeiras.

Escrito por Roberto Avallone às 04h08
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Para começar, o amigo já sabe, não houve jogo. Tanto esforço, a viagem até a cidade de Resistencia- a cerca de mil quilômetros de Buenos Aires, os jogadores perfilados para os hinos de Brasil e Argentina, tudo em vão.

O apagão na torre central de eletricidade fez com que os goleiros dissessem não à partida, enquanto os outros jogadores ainda tocavam na bola, depois todos desceram ao vestiário, esperaram por mais de uma hora. E nada.

Constrangedor.

E também estranho, a não ser o alardeado cunho político, levar um clássico como Brasil e Argentina, chamado de Superclássico das Américas, para uma cidade como Resistencia-com todo o respeito-, cujo clube local disputa a quarta divisão argentina e o estádio é acanhado e, segundo o relato de quem lá esteve, sem estrutura para grandes jogos.

Não falo só pelo Brasil, pentacampeão do mundo, mas também pela Argentina, de feitos indiscutíveis: talvez seja uma lição para que este clássico seja melhor tratado, em dia mais adequado (nesta quarta nem era data FIFA), num calendário mais racional. E em estádios capazes de receber momentos apoteóticos, como sempre tiveram estas duas seleções.

E como fica agora?

Segundo Andres Sanchez, diretor de seleções, a CBF considera a Seleção Brasileira a campeã desta edição do ”Superclássico das Américas”, pois venceu no Brasil e nem chegou a jogar na Argentina.

Pode ser. Mas esperemos pela reunião da Conmebol. É mais prudente.

Se bem que, diante do constrangimento da partida que não pôde ser jogada, isso é o que menos importa.

Escrito por Roberto Avallone às 01h56
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Com uma espécie de mistão, acho até que o Palmeiras arriscou demais ao não poupar, por exemplo, Henrique, Juninho, Maurício Ramos e até Valdivia nos minutinhos que jogou: afinal, mais do que a vitória de 3 a 1 sobre o colombiano Millonarios, o pensamento do palmeirense está mesmo é no clássico contra o São Paulo, neste sábado, considerado jogo-chave para a luta contra o rebaixamento.

Mas a Sul- Americana não é importante. Sim, é, mas em circunstâncias normais. Não na situação delicada vivida pelo Palmeiras no Campeonato Brasileiro, onde ainda está na zona do rebaixamento. E qualquer tropeço, qualquer contusão de um jogador mais importante pode ser fatal.

Henrique quase se machucou no começo do jogo. E Maikon Leite (que não enfrentaria o tricolor por estar suspenso) teve um entorse no tornozelo, aos 6 minutos...

Quanto ao jogo em si, o Palmeiras não levou nenhum susto no primeiro tempo, saindo de campo com 1 a 0, gol de Obina, depois de excelente lançamento de Daniel Carvalho. No segundo tempo, o Millonarios foi mais para a frente, mas tomou o segundo gol (Tiago Real), descontou com um gol contra de Artur e teve a derrota selada com o gol de Luan, que se aproveitou de incrível falha do zagueiro Franco.

Apesar das boas defesas do goleiro Bruno, foi uma vitória tranquila.

Depois do jogo, no entanto, falava-se mais do São Paulo. É o tipo do clássico imprevisível, com o Palmeiras exibindo uma nova postura- mais ofensiva-, enquanto o tricolor, se tiver Luís Fabiano ao lado de Lucas, é time difícil de ser contido. E os rivais têm objetivos definidos: enquanto o São Paulo tenta entrar no bloco dos que irão disputar a Libertadores, o Palmeiras já tem o direito de participar dessa competição, mas luta para escapar da degola.

Contraditório, não?

Contradição e objetivos que já tornam tenso, desde já, o velho Choque- Rei.

MAIS  UM  SUPERCLÁSSICO  DAS  AMÉRICAS

É sempre interessante um confronto entre Brasil e Argentina. Mas não sei nesse momento em que as atenções estão voltadas para os Campeonatos. De qualquer maneira, na distante Resistencia, mesmo sem os astros que atuam no Exterior (Messi, por exemplo, nesta terça-feira deu os passes para os gols do Barcelona contra o Benfica) Lucas e Neymar podem estar em noite inspirada, quem sabe?

E pelo lado argentino, o técnico Alejandro Sabella será obrigado a adotar uma postura mais ofensiva, estando aí, provavelmente a chance do corintiano Martinez e do palmeirense Barcos terem mais chances de gol.

A conferir.

Escrito por Roberto Avallone às 02h52
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Não sei como ele está jogando hoje, pois faz tempo que não o vejo em ação. Mas pelo talento que já exibiu por onde passou, com sua canhotinha mágica, Alex despertou o Mercado da Bola e o interesse de clubes com o anúncio de sua rescisão de contrato com o Fenerbahçe- clube turco no qual foi campeão, ídolo e ganhou até uma estátua.

Os comentários são os de que ele não se dava bem com o atual técnico, Aykut Kocaman, que, segundo versões talvez até fantasiosas, teria ciúmes do jogador e de seus gols anotados. Sei lá.

O fato é que aos 35 anos, o craque Alex desperta também curiosidades: teria ele ainda o mesmo estilo que encantou torcedores do Palmeiras- quem não se lembra do gol antológico contra o São Paulo, que culminou em um chapéu em Rogério Ceni antes de empurrar a bola para as redes?-, do Cruzeiro, onde obteve uma série de títulos consecutivos- e mesmo do Coritiba, no começo da carreira.

Sabe-se que torcedores do Cruzeiro já invadiram as redes sociais pedindo sua volta, que César Sampaio, diretor de futebol do Palmeiras, também já elogiou o meia e desconfia-se que, na moita, outros clubes, sondam o ambiente.

E a idade? Aos 35 anos, claro, Alex já é um veterano. E não se sabe ao certo o quanto a idade pode pesar em seu futebol. Só que, para surpresa de muitos, vemos alguns veteranos brilhando em nossos campos: Juninho Pernambucano, do Vasco, 37anos; Seedorf, do Botafogo, 36 anos; Marcos Assunção, do Palmeiras, 36 anos; Zé Roberto, do Grêmio, 37 anos; e até o goleirão Dida, da Portuguesa, 38 anos, que parecia já ter se aposentado.

 Estes são alguns dos exemplos que me vêm à cabeça.

 Não será Alex, um dos melhores meias que vi atuar, um outro caso a vencer o desafio do tempo?

É, no mínimo, uma tentação do Mercado daBola.

NO  PALMEIRAS,  AS  DIRETAS  APROVADAS.

Já no finzinho da noite desta segunda-feira, o resultado: por unanimidade, foram aprovadas as eleições diretas no Palmeiras, sendo o presidente eleito pelos sócios a partir de 2014.

Era o caminho natural, democrático, inevitável. Talvez não seja a solução em si (é preciso ver como ficam os sócios-torcedores, por exemplo), mas é um largo passo para a democratização. Outro passo, que vai além das regras, seria a pacificação, aquele espírito que já norteou o clube de todos remarem juntos e, com discussões, sim, mas aquelas que deram na expressão “acabou em pizza”, embora sem deixar de lado a austeridade.

O Palmeiras parece caminhar para a modernidade.

Escrito por Roberto Avallone às 01h36
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Até acho que Neymar tem sua parcela de culpa, por cair demais. Só que, de um tempinho para cá, ele parece vítima da própria habilidade, de seus dribles desconcertantes, pois apanha cada vez mais dos marcadores inimigos, sofrendo faltas e mais faltas, sendo impedido de jogar o que sabe.

E não pode sequer reclamar?

Foi o que aconteceu no jogo deste domingo, em Porto Alegre, diante do Grêmio. Neymar ia carregando a bola, do campo do Santos até a área gremista- e pulando a cada drible, a cada ginga, só para não sofrer falta e cair. Depois de a jogada concluída, foi reclamar. E levou cartão amarelo.

Logo em seguida, enroscou-se com o velho conhecido, Pará, houve troca de pequenos golpes. E Neymar foi expulso: “Eu pisei nele, sim, mas foi sem querer. Ele é meu companheiro, é do Santos e está emprestado ao Grêmio”.

Pareceu-me um pisão sem a intenção de machucar, mais na base do desequilíbrio de corpos enroscados. Em todo o caso, por não ter um detector de intenções, limito-me a passar a sensação que tive.

A sensação de que Neymar não foi maldoso e que anda apanhando muito. Sem poder ser Neymar.

Como futebol tem as suas curiosidades, o Santos que com sua estrela em campo perdia do Grêmio por 1 a 0 (gol de Werley), com 10 jogadores conseguiu o empate de 1 a 1, gol de Bruno Rodrigo.

Dá para entender?

OS  HERÓIS DO  LÍDER  FLU

Escolha o amigo o seu herói preferido: o artilheiro Fred, autor de um golaço, de voleio, ou o goleiro Diego Cavalieri, que defendeu um pênalti cobrado por Bottinelli, no fim do jogo?

Seja qual for a sua escolha- podendo até optar pelos dois-, Fred e Diego foram fundamentais na vitória do Fluminense sobre o arquirrival Flamengo, por 1 a 0, neste domingo, no Engenhão.

Com o triunfo, o Flu é ainda mais líder do Campeonato Brasileiro, abrindo seis pontos de vantagem sobre o vice, o Atlético Mineiro, que viu seu futebol estagnar. O Fluminense é, hoje, o maior candidato ao título de campeão brasileiro.

POLÊMICA  NO  EMPATE   ENTRE  SÃO PAULO E  COXA

Vi, várias vezes, pela tevê, a repetição das jogadas que determinaram o empate entre o Coritiba e o São Paulo, neste domingo, no Couto Pereira: em minha opinião, não houve o pênalti de Rhodolfo em Rafinha (que deu um belo salto), que originou o gol do Coritiba: e o tira-teima mostrou que Osvaldo, estava com uma perna adiantada sobre os defensores, quando recebeu a bola e arrematou para empatar a partida.

Agora, convenhamos: foram lances difíceis. No caso de Osvaldo, então, só se arbitragem tivesse uma lupa especial para detectar a irregularidade.

Quanto ao jogo em si, por mais uma dessas contradições que envolvem o futebol, o São Paulo pareceu mais perigoso quando tinha dez jogadores em campo (Rhodolfo fora expulso, com justiça), revertendo a derrota para o empate de 1 a 1 e que o deixa a quatro pontos do Vasco para tentar entrar no G-4.

Para o Coritiba, o empate o deixa a dois pontos da zona da degola. O que é mais do que um sinal de alerta.

CORINTHIANS,  QUANDO  QUIS.

Depois de um primeiro tempo morno e sem gols, o Corinthians arrasou o Sport- 3 a 0- na etapa final, deixando a impressão de que ganhou quando bem entendeu, quando rolou a bola como está acostumado, naquilo que o técnico Tite chama de “jogo coletivo”. Coletivo, é verdade, mas com algumas individualidades respeitáveis, como, por exemplo, o volante-artilheiro Paulinho, autor do primeiro gol, Romarinho, autor dos outros dois, isso sem falar em Martinez (que pode ser titular), Ralf, Émerson “Sheik” e outros,

O Corinthians é muito forte.

 E já está em oitavo lugar no Campeonato Brasileiro, mesmo dando total prioridade à Libertadores da América durante boa parte do primeiro turno do Brasileirão.

O Chelsea que se prepare.

Escrito por Roberto Avallone às 22h40
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                                                                                           Foto: Tom Dib

Ao final do jogo, saindo do gramado, depois de cumprimentar os companheiros, Marcos Assunção foi claro quanto ao desejo de o Palmeiras sair da incômoda situação em que se encontra no Campeonato Brasileiro: “Se for preciso deixar a vida em campo, deixaremos”.

E não era nenhum tipo de discurso programado. Foi exatamente essa a impressão que o Palmeiras deixou ao vencer a Ponte Preta, por 3 a 0- fora as três bolas na trave-, com mais de 30 mil torcedores palmeirenses no Pacaembu: uma equipe de raça incomum, que tem de novo (sob o comando de Gílson Kleina) o apetite ofensivo, a incansável busca pelo gol- do jeito que a torcida gosta.

Na verdade, o Palmeiras praticamente liquidou o jogo em menos de 15 minutos, adiantando a sua marcação, fazendo uma “blitz” que antes não havia e sendo feliz em mandar a bola às redes, com dois gols de oportunismo de Barcos. Com 2 a 0 a favor, não recuou e nem temeu, ao procurar sempre o ataque e jogando-se às bolas como uma final de Copa? “Quando um adversário vai chutar uma bola, a gente se joga como se fosse a ultima da vida. Não temos tempo a perder”- disse Valdívia.

Que a postura do time mudou, ah, isso mudou. Talvez pela necessidade, pela sobrevivência. Para escapar da Segundona.

E tanto mudou a postura que, no segundo tempo, além do gol de Marcos Assunção- em belíssimo chute de fora da área- que selou o triunfo diante de uma Ponte Preta que não perdia há oito jogos-, o Palmeiras ainda chutou três bolas na trave, com Maikon Leite, Valdivia e Barcos. Isso quer dizer o que chamei de apetite ofensivo e também de autoconfiança da equipe.

Sabe-se lá se esse jeito de jogar vai continuar e qual será a reação diante de um tropeço. Mas se continuar assim, a reação é possível, embora a situação continue delicada e o Palmeiras permaneça na zona do rebaixamento.

Não é fácil.

A diferença é que agora, depois de duas vitórias consecutivas (Figueirense, em Florianópolis, e Ponte Preta, no Pacaembu), está esboçada uma arrancada que pode desmentir previsões mais pessimistas- as de que o Palmeiras já estaria praticamente rebaixado.

E escapar do Apocalipse, a esta altura do Campeonato, vale mais do que um título.

Escrito por Roberto Avallone às 02h49
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