GM prepara um novo modelo para o fim de 2015 na Argentina

ana avelino gm 21 GM prepara um novo modelo para o fim de 2015 na Argentina

Apesar da atual política interna da Argentina, que praticamente afasta qualquer intenção de investimentos por lá, a GM se sente confiante em apostar na fábrica de Rosário, de onde sairá um novo modelo no final de 2015.

Mas para fazer esse novo carro, a GM terá de convencer fornecedores brasileiros à investir no país vizinho, exatamente o que quer o governo local. A montadora já havia prometido no final de 2012 que investiria US$ 450 milhões na produção de um produto global em Rosário, destinado não só ao Brasil.

Para a GM, a situação econômica da Argentina é mais fácil de se resolver que a do Brasil, por exemplo. Por isso a empresa continuará investindo em novos produtos na região. Jaime Ardila, presidente da empresa para a América do Sul, vê vantagens em fabricar no país vizinho.

O consumidor argentino tem renda razoável e o mercado tem potencial de crescimento. Além disso, a fábrica de Rosário não apresenta custos de produção elevados, sendo mais competitiva que a matriz em São Caetano do Sul, por exemplo. Ele ainda se refere à Argentina como não tendo déficit em conta corrente e portadora de riquezas, tais como a terceira maior reserva de petróleo de xisto do mundo.

No entanto, Ardila está preocupado com a Venezuela, onde as duas fábricas da GM não retomaram a produção em 2014 por falta de peças e componentes, impedidos de entrar no país. Para o chefe regional da montadora americana, os problemas da Argentina se resumem aos gastos públicos excessivos, importação de energia e política de subsídios.

Por causa do não entendimento entre Brasil e Argentina no comércio bilateral, a GM prevê queda expressiva nas exportações a partir do nosso país, já que quase a totalidade dos produtos enviados para fora pela empresa, são direcionados ao mercado vizinho. Jaime Ardila diz que Rosário já está reduzindo a dependência de peças de origem estrangeira, a fim de reduzir o déficit da balança comercial argentina.

A GM emprega 3,1 mil pessoas e produz 110 mil carros por ano na Argentina, sendo eles apenas os modelos Classic e Agile. A empresa não dá pistas de qual segmento o novo produto irá atuar, mas muito já se falou no projeto Fénix, que poderá ser o substituto do Agile. Outro que pode ganhar um substituto é o Classic.

[Fonte: Valor]

Open all references in tabs: [1 - 3]

Leave a Reply