Nova York, 1 fev (EFE).- A Argentina manteve nesta sexta-feira em um tribunal federal de apelações americano sua posição de não pagar US$ 1,3 bilhão aos detentores de bônus que rejeitaram as reestruturações de dívida de 2005 e 2010.
Os advogados do Estado argentino apresentaram perante a corte de apelações de Nova York sua resposta à opinião apresentada há uma semana por estes credores, especialmente vários fundos apelidados de 'abutres' no país (NML e Aurelius Capital).
Estes fundos pretendem que a corte respalde a decisão tomada em outubro do ano passado pelo juiz federal Thomas Griesa.
Este magistrado estabeleceu que a Argentina devia pagar US$ 1,3 bilhão aos litigantes, mas o tribunal de apelações decidiu paralisar essa decisão até aprofundar a apelação de Buenos Aires, que reiterou que não pagará aos 'fundos abutres'.
Entre outros argumentos, a Argentina refuta hoje a colocação dos fundos sobre o fato de o país ter reservas suficientes para pagar essa quantia.
Se aceitar a decisão de Griesa, 'se abriria a porta para reivindicações potenciais de mais de US$ 43 bilhões em capital em juros de dívida argentina descumprida ou reestruturada', assinala o documento, ao qual a Agência Efe teve acesso.
Além disso, a Argentina reitera sua posição que a decisão do juiz Griesa viola a lei americana sobre imunidade da propriedade soberana.
O país latino-americano insiste ainda que, se pagar aos litigantes o solicitado sem que aceitem cortes, seria violado o princípio de equidade com os detentores de bônus que aceitaram as reestruturações de dívida.
No próximo dia 27 de fevereiro todas as partes realizarão uma apresentação de argumentos orais perante o tribunal de apelações, que então começará a estudar sua sentença. EFE
Copyright (c) Agencia EFE, S.A. 2010, todos os direitos reservados