O número de vítimas fatais do forte temporal que causou transtornos e alagou vários bairros de Buenos Aires na última madrugada subiu para oito, de acordo com o secretário de Segurança da Argentina. Sergio Berni afirmou que a cidade “está imersa em um caos” por falta de obras do governo portenho.
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“Estamos ajudando as pessoas do bairro Mitre porque não há ninguém da prefeitura”, disse. Ele destacou que o problema não foi somente neste bairro, porque “o caos se viu em toda a cidade, em Nuñez, Belgrano, Palermo”.
Por outro lado, o Serviço de Atenção Médica de Emergência (Same) informou em coletiva de imprensa ao lado do prefeito Mauricio Macri que só confirma seis mortes. “Até que todas as autopsias sejam feitas, não vou emitir opinião sobre o assunto”, disse Alberto Crescenti, direto do órgão.
Vítimas
Dois idosos morreram no bairro de Saavedra, onde foram realizadas manifestações durante o ano passado por causa dos prejuízos causados pelas chuvas. Fontes policiais informaram que uma mulher de 82 anos morreu afogada e um homem sofreu uma parada cardíaca. Outro homem, de 60 anos, morreu em Villa Urquiza e a quarta vítima, de 45 anos, na Villa del Parque. Um funcionário do metrô morreu eletrocutado na estação Los Incas, o que gerou mobilização da categoria para uma paralisação geral nesta quarta-feira.
Prefeito estava no Brasil, segundo opositor
A ausência do prefeito após o temporal causou revolta nos bonaerenses. Pelo Twitter, o legislador Aníbal Ibarra informou, de forma irônica, que Mauricio Macri estava passando férias em Trancoso, na Bahia. “Não procurem o Macri porque ele está descansando em Trancoso, Brasil”, escreveu o opositor. “Também não procurem Rodríguez Larreta, está na Europa”, completou Ibarra, em referência ao chefe de gabinete do prefeito.
Moradores prejudicados pelo forte temporal que matou seis pessoas, segundo números oficiais, e provocou alagamentos em vários bairros e falta de água e luz. O legislador afirmou que o governo da capital argentina não realizou nenhuma obra das que formam o plano diretor da cidade.
Opositores criaram a hashtag #DondeEstáMacri (onde está Macri) no Twitter para reivindicar a presença do prefeito.
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Mauricio Macri não confirmou se realmente estava no Brasil quando apareceu, no início da noite desta terça-feira, para uma entrevista coletiva. Durante as declarações à imprensa, o prefeito disse que não pretende brigar com ninguém, “nem com a presidente” Cristina Kirchner, de quem é um dos principais opositores.
“Que nos deixem trabalhar”, pediu. Em resposta aos que o acusaram de ser responsável pelos danos provocados pelo temporal, Macri disse que o que aconteceu na última madrugada foi “uma tragédia climática”.
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