Presidente argentina destaca "terríveis" consequências da …

"Aquilo que o povo grego vive corresponde exatamente àquilo que nós, argentinos, vivemos em 2001: as consequências de políticas terríveis, neoliberais, de ajustamentos permanentes que levam à pobreza, à fome e ao desemprego", afirmou, em entrevista transmitida pela televisão pública.

"Atualmente, 60% dos jovens gregos não têm trabalho, 30% dos cidadãos gregos iluminam-se com velas para poupar o custo da eletricidade. Há pessoas na rua e as pensões e reformas foram reduzidas. A exceção é a despesa militar: o FMI [Fundo Monetário Internacional] nunca exigiu que se cortassem nos gastos" da defesa, declarou.

A Argentina, que esteve em incumprimento em 2001, já tinha manifestado, na semana passada, por via do chefe de gabinete do Governo, Anibal Fernandez, a sua solidariedade para com a Grécia.

Buenos Aires chegou a acordo com a grande maioria dos credores para duas reestruturações de dívida, em 2005 e em 2010, mas subsiste um conflito com detentores de 7% da dívida, nomeadamente fundos considerados especulativos, que reclamam o pagamento dos títulos argentinos que adquiriram.

A Presidente argentina foi apoiada pelo seu ministro da Economia, Axel Kicillof, que afirmou, também na quarta-feira, que as reformas exigidas à Grécia são "contra produtivas e agravam ainda mais a crise".

"Posso dizer aos gregos que os 'remédios' do FMI não vão funcionar", advertiu o ministro.

DM (EO) // JCS

Lusa/fim

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