Da Redação
redacao@jornaldebrasilia.com.br
Que a rivalidade entre Brasil e Argentina ultrapassa os limites das quatro linhas, todos estão cansados de saber. Mas que chega a divergir, inclusive, nos números de partidas entre as duas seleções, isso poucos imaginam. O Superclássico das Américas que acontecerá hoje pela manhã, às 9h05, em Pequim, pode ser o 96º, 98º ou o 100º, segundo as confederações e até mesmo à Fifa.
Para se ter uma ideia da confusão, de acordo com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o duelo de hoje é o 100º da história. A Associação de Futebol Argentino (AFA), por sua vez, nega. Para ela, esse é o 98º confronto. Já a Fifa discorda de ambos. Em seus dados históricos, ela contabiliza 95 partidas, sendo o deste sábado o 96º embate entre os times de Lionel Messi e Neymar.
A polêmica quanto ao número de jogos não é antiga, mas com alguns traços do século XXI. Para o Brasil, três partidas são consideradas. Em 2 de setembro de 1923, a Argentina entrou em campo contra o Brasil, mas não com a seu time principal. Isso porque no mesmo dia, a Albiceleste enfrentava o Uruguai pela Copa América. Curiosamente, nos dois confrontos, os hermanos foram derrotados por 2 x 0.
Em 1968, nos dias 7 e 11 de agosto, a Argentina foi derrotada pelo Brasil por 4 x 1 e 3 x 2, respectivamente. Contudo, os argentinos alegam, com súmulas, que tais partidas foram entre combinados dos estados, sendo o primeiro contra a seleção carioca e, em seguida, diante do combinado mineiro. A Fifa não reconhece as três partidas, além da Copa Rocca de 1922, onde o Brasil venceu por 2 x 1, em 22 de outubro.
Vende o peixe
Os três confrontos que a CBF considera em sua lista são partidas com as suas vitórias, fato repetido pelos argentinos – justamente para ter vantagem no atual retrospecto. Assim como a Fifa, a entidade máxima do futebol brasileiro não considera a partida de Jogos Olímpicos em seu histórico atual. Entretanto, os argentinos levam em consideração a vitória nas semifinais por 3 x 0 sobre o Brasil nos Jogos de 2008. Tudo para ter uma vitória a mais do que seu adversário em relação ao histórico levantado pela Fifa.
Para aumentar a polêmica, as últimas duas edições do Superclássico das Américas não foram com as seleções titulares. Ou seja, sem a presença de jogadores europeus por não se tratar de uma “data Fifa”. Foram quatro partidas, com duas vitórias do Brasil, um empate e uma vitória Argentina. Mas, tanto CBF, quanto AFA e também a Fifa levam em consideração tais partidas.