O estádio Ninho do Pássaro, em Pequim, recebe neste sábado, às 9h05 (horário de Brasília) o jogo que marca o centésimo ano de um dos maiores clássicos do futebol mundial: Brasil e Argentina. As seleções disputam o Superclássico das Américas, que acontece pela primeira vez fora do continente americano. Quem vencer o jogo fica com a taça. Em caso de empate, o título será decidido nos pênaltis. O Brasil ganhou as edições de 2011 e 2012 e vai atrás do tricampeonato.
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A origem do Superclássico das Américas remonta à Copa Roca, que começou a ser jogada em setembro de 1914 entre Brasil e Argentina. Nascia ali a histórica rivalidade dos países, que, de acordo com a Fifa, já fizeram 95 partidas oficiais. Há divergência entre os números da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que soma 99 partidas, e da Associação de Futebol da Argentina (AFA), que registra 97. Pelas contas da entidade máxima do futebol, a Argentina venceu mais vezes: são 36 vitórias dos hermanos, 35 da Seleção e 24 empates. Os argentinos contabilizam 151 gols marcados nos clássicos, contra 145 dos brasileiros.
A Copa Roca foi extinta em 1976, depois de treze edições, e reeditada, com o nome de Superclássico das Américas, há três anos. Até a última edição, apenas jogadores que atuavam no Brasil ou na Argentina poderiam ser convocados para a disputa da taça, repetindo regra que existia na antiga Copa Roca.
No ano passado, o Superclássico foi cancelado a pedido do então técnico da Seleção, Luiz Felipe Scolari. A intenção de Felipão era aumentar o período de descanso dos jogadores, em final de temporada e extenuados pelo extenso calendário nacional.
Para o duelo em solo chinês, Dunga e Tata Martino puderam chamar as principais estrelas de suas seleções, independentemente de onde estejam jogando, pelo fato da competição acontecer em uma data Fifa. A fórmula atual também prevê jogo único para a competição, ao contrário dos jogos de ida e volta em cada país – o que aconteceu até 2012.
Este será o terceiro jogo de Dunga desde seu retorno ao comando da Seleção Brasileira. Nos amistosos do mês passado, o Brasil venceu tanto a Colômbia quanto o Equador pelo placar mínimo. Tentando se reformular após o vexame da Copa do Mundo, o grupo original foi prejudicado pelo excesso de lesões: o zagueiro Marquinhos, o volante Ramires e os meias Fernandinho e Ricardo Goulart foram desconvocados por estarem machucados. O goleiro Jefferson, que sofreu uma luxação no dedo da mão, segue em recuperação com os demais convocados.
A dúvida em torno de Jefferson levou Dunga a chamar mais um goleiro: Marcelo Grohe, do Grêmio, é o terceiro goleiro da convocação. O São Paulo cedeu dois jogadores para substituir os contundidos: o volante Souza e o meia Kaká. Juan, da Internazionale de Milão, foi chamado para substituir Marquinhos e Rômulo, do Spartak Moscou, entrou no lugar de Fernandinho.
Atual vice-campeã do mundo, a Argentina aposta no entrosamento de seu time e no seu forte ataque, que conta com Dí Maria, Messi e Aguero. A base da equipe é a que venceu a Alemanha por 4 a 2, no amistoso que repetiu a final da Copa do Mundo passada. O argentino do Barcelona retorna à equipe, que também contará com o volante Pereyra e o meia Pastore.
A Argentina volta ao estádio Ninho de Pássaro, palco da final olímpica de 2008. Na ocasião, a seleção olímpica levou a medalha de ouro, após vencer a Nigéria por 1 a 0. Entre os atuais titulares da seleção principal, seis jogadores entraram em campo no jogo que valeu a medalha.
Brasil x Argentina
Superclássico das Américas
Data: 11 de outubro de 2014
Horário: 9h05
Estádio: Nacional de Pequim (Ninho do Pássaro), em Pequim (China)
Transmissão: Rádio Nacional do Rio de Janeiro para a rede pública de rádios
Brasil
Jefferson; Danilo, Miranda, David Luiz e Filipe Luís; Luiz Gustavo, Elias e Oscar; Willian, Diego Tardelli e Neymar.
Técnico: Dunga
Argentina
Romero; Zabaleta, Fernández, Demichelis e Rojo; Pereyra, Mascherano, Pastore e Dí Maria; Messi e Aguero
Técnico: Tata Martino