Onda de calor histórica na Argentina traz cortes de energia

Para conferir o relato do correspondente Márcio Rezende, clique em "ouvir".

A atual onda de calor evidencia o fracasso da política energética do governo Kirchner depois de 10 anos, como conta o correspondente da Rádio França Internacional em Buenos Aires, Marcio Rezende, entrevistado por Maria Emília Alencar. A presidente Cristina Kirchner, aliás, desapareceu e delegou o governo na mão dos ministros.

O ano de 2014 começou com um olho no céu e outro nos termômetros. “A virada do ano coincidiu com um mínimo alívio na temperatura e isso foi suficiente para o panorama melhorar - o consumo de energia, especialmente através de aparelhos de ar condicionado, também diminuiu e começaram a diminuir proporcionalmente o número de cortes de energia”, relata Marcio Rezende.

Férias

A virada do ano também marcou o começo de férias para os argentinos. Com a saída de habitantes de Buenos Aires para outras regiões, o consumo de energia na capital também diminuiu. Ou seja: a queda da temperatura e o começo das férias são os responsáveis por uma trégua na situação. Não houve nenhuma medida técnica, nenhum plano de contingência.

O correspondente da RFI diz que ainda há muita gente sem luz, cerca de 20 mil pessoas, e que muitas ruas e praças ainda estão às escuras. Os que mais sofrem são os idosos que não podem subir nem descer andares, doentes que precisam de tratamento especial, pessoas que precisam de medicamentos refrigerados, crianças desidratadas.
 

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