Marqueteiro João Santana na campanha do argentino Daniel Scioli …

 

O comentário é persistente na Argentina: o candidato presidencial governista, Daniel Scioli, teria contratado o marqueteiro brasileiro João Santana para cuidar da sua imagem. Seria uma estratégia emergencial.

Scioli tem um grande desafio pela frente: romper o anti-kirchnerismo, talvez se afastando cuidadosamente da presidente Cristina, para não perder o seu apoio ao mesmo tempo em que não se vê prejudicado por ele.

Não, Scioli não vem nada bem na conduções da imagem, apesar de ter se formado em marketing durante a campanha.

Houve muitos erros, que vão desde uma viagem inoportuna à Itália em meio à enxurrada que atingiu Buenos Aires (província que ele ainda governa) até a repressão violenta a mulheres em Mar del Plata, durante manifestação contra a violência de gênero.

João Santana tem sido definido pelos analistas como o “expert em campanhas sujas”. Hmmm… com essa fama não parece interessante para um candidato ser visto como seu cliente.

Não é de duvidar que o próprio Santana tenha escolhido trabalhar nas sombras, evitando uma exposição ruim para o cliente.

- Não conheço João Santana, nem sei quem é – exasperou-se o argentino ao ser consultado a respeito. O exagero de dizem nem saber quem é indica, porém, que algo de muito estranho há nessa declaração.

Nessas questões de imagem, tudo é bem delicado.

A situação parece ter se agravado para Scioli. Seu adversário, Mauricio Macri, que em tese seria dono de altíssima rejeição em razão do seu perfil conservador, ganhou um presentaço neste fim de semana: o Boca Juniors, clube que presidiu por mais de 10 anos, sagrou-se campeão nacional.

Claro, Scioli tentou atenuar o golpe: saiu a público parabenizando os jogadores do clube com o qual o rival se identifica.

O que se diz é que Scioli já pagou US$ 400 mil para contar com os conselhos do marqueteiro brasileiro. A situação é emergencial. Pesquisas já sugerem que Macri, contrariando as expectativas, credencia-se como franco favorito.

Santana já trabalhou para o PT no Brasil e para o chavismo na Venezuela. 

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