Ícones da Guerra do Paraguai são símbolos da Cidade

Um Brasil j em guerra com o Paraguai firmou, 150 anos atrs, a unio com a Argentina e o Uruguai para aquela que, at hoje, permanece como o maior confronto da Amrica Latina. O conflito havia comeado em dezembro de 1864, mas somente no dia 1º de maio de 1965 foi estabelecida a Trplice Aliana. Como efeitos para o Pas, que, poca, era Imprio, surgiu, generalizado e pela primeira vez, o sentimento de nao. Em Fortaleza, a histria se mistura com a geografia da Cidade: em diversos pontos, reside a memria da guerra por meio dos personagens que fizeram parte dela.

 

Toda guerra uma gestora de heris, pontua Regina Souza, professora da Universidade Estadual do Cear (Uece/Fafidam), e o Cear teve muitos deles, de diversas esferas da sociedade, vindos da Guerra do Paraguai. “Era um homem valente, sempre frente das tropas e que no tinha medo”, a descrio que a professora faz do general Tibrcio. Em homenagem a ele, foi erguido o primeiro monumento pblico da Capital, na praa que leva o mesmo nome - mas que mais conhecida pelos lees ornamentais. Por militares da poca e historiadores, o general, nascido em Viosa do Cear, lembrado pelo destaque nas batalhas. “Ele foi para a guerra em 1866, e, l, fez por onde ser lembrado”.

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Populao desconhece homenagem a general Tibrcio

Uma civil de Tau, remonta Regina, se destacou pela coragem numa poca em que somente servios secundrios eram delegados s mulheres. “Ela se vestiu de homem, cortou o cabelo e saiu para o Piau. Quis ir para a guerra como soldado”. Atualmente, Jovita Feitosa d nome a uma avenida no bairro Parque Arax. Chegando ao Rio de Janeiro, foi descoberta numa inspeo, mas o destino dela desconhecido. Alguns autores, explica a professora, do conta de que ela morreu na ento capital do Imprio. Outros, que chegou ao Paraguai, mas sem consenso sobre se morreu em combate ou em outra atividade.

religio, cabia a funo de aprimorar o sentimento de patriotismo, e o bispo de Fortaleza, Dom Lus, teve grande responsabilidade com isso, afirma a professora. “Durante as missas, ele pedia que as pessoas fossem guerra. Ele no considerado um heri, mas contribuiu com a guerra”. O religioso d nome a uma das principais avenidas da cidade, na Aldeota. O pensamento do bispo, frisa Regina, seguia o conceito de nao que aflorava na populao. “O discurso era de salvar o Brasil, defender a ptria”.

O Cear enviou, a partir de abril de 1865, mais de cinco mil homens para a Guerra do Paraguai. A partir de 1868, o contingente foi diminuindo especialmente devido descrena que a populao passou a ter sobre o conflito, explica a professora.

 

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A Guerra do Paraguai, entre Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, durou mais de cinco anos, entre dezembro de 1864 e maro de 1870.

 

Segundo a professora, Regina, no h consenso sobre a quantidade de mortos no conflitos. Alguns historiadores apontam que o nmero pode chegar a 100 mil pessoas

Outros cearenses tambm tiveram participao de destaque na guerra e esto marcados em pontos da Cidade, entre eles, general Sampaio e Juvenal Galeno e Gomes de Matos

 

Duque de Caxias, (ento marqus) e Conde D’Eu tambm foram personalidades brasileiras da Guerra

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