Embargo da União Europeia aproxima Rússia da América Latina

"Estamos agora trabalhando com outros países produtores, países da América Latina, países parceiros como o Brasil, a Argentina, o Chile, e países orientais como a China", disse o líder durante uma entrevista na televisão.

Além disso, Putin considerou "ridículo" que os governos europeus tentem convencer os países latino-americanos a não exportar seus produtos para o mercado russo. "É difícil imaginar que os empresários perderão a oportunidade de negociar com o nosso mercado", ressaltou o presidente.

O chefe de Estado alertou ainda os fornecedores e as empresas da Europa que será muito difícil que eles voltem a ocupar um espaço relevante no mercado russo depois que as empresas latino-americanas estabelecerem negócios na região.

Estas declarações vieram como resposta aos líderes da União Europeia que voltaram a ameaçar uma nova rodada de sanções econômicas contra a Rússia, por conta da crise no leste da Ucrânia.

As sanções impostas por Estados Unidos e União Europeia, na visão russa, servem apenas para prejudicar as relações bilaterais entre a Rússia e o Ocidente. Europeus e norte-americanos insistem em acusar o governo de Moscou de interferir nos conflitos que ocorrem no leste da Ucrânia, fato este negado pelos russos.

O Ministério das Relações Exteriores do país já anunciou que irá tomar medidas de retaliação se União Europeia realmente introduzir estas novas sanções.

“Existe uma incapacidade dos países-membros da União Europeia em ultrapassar a inércia de um apoio incondicional por parte deles às autoridades de Kyiv”, indicou o ministério.

Ainda segundo o órgão, “a histeria criada na véspera da reunião do Conselho Europeu sobre uma mítica 'invasão russa na Ucrânia' deu seus frutos. Com base em afirmações completamente não fundamentadas sobre uma presença das forças armadas russas em território desse país, responsabilizando indiscriminadamente Moscou pelos acontecimentos que alí ocorrem, Bruxelas, em vez de advogar um cessar-fogo imediato e incondicional e a criação de condições para um diálogo nacional ucraniano completo entre as partes em confronto, continua evitando reconhecer as verdadeiras causas da dramática situação que vive o sudeste da Ucrânia”, diz o Ministério das Relações Exteriores.

Da redação do Vermelho
com informações da Hispan TV

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