"Direto de Brasília": Pagar tributos exige 2.600 horas por ano

Pagar tributos exige 2.600 horas por ano

Mais uma vez, o Brasil amarga um título depreciativo em termos de ambiente favorável aos negócios. Depois ter ficado em uma das últimas posições em pesquisa do Banco Mundial, o País ganhou o título de pior lugar da América Latina para as empresas que precisam pagar impostos, em ranking que mede 18 países da região. No Brasil, são necessárias 2.600 horas, o equivalente a 3,6 meses.

O levantamento foi feito pela publicação "Latin Business Chronicle"s". A carga tributária, de 34%, é significativamente maior que a do Chile, o primeiro colocado, com 18,5%. Argentina e Honduras, cujas cargas são de 35%, superam o Brasil no ranking porque suas empresas gastam menos tempo para ficar em dia com o fisco. Em Honduras, são necessárias 224 horas por ano, na Argentina, 415.

Empreendedor individual é o futuro

Ao mesmo tempo, o Brasil apresenta uma das figuras empresariais mais desburocratizadas do mundo. É o Empreendedor Individual, que já conta com  2,5 milhões para quem fatura até R$ 60 mil por ano. Muitos deles estão virando micro e pequenas empresas, cujos faturamentos anuais são até R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões. As perspectivas do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), que comemora hoje 40 anos, é ter 4 milhões de empreendedores individuais em  2015.

Empresários têm que eleger seus representantes

O ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral e advogado Torquato Jardim qualificou como natural o envolvimento de empresários nas campanhas eleitorais para eleger seus representantes. Ele justificou isso, em entrevista na TV Brasil,  com base no fato de que boa parte da economia do País é controlada pelo poder público.

Mulheres são eleitas em 11,3% dos municípios

Um dado chamou a atenção na eleição de domingo. O número de mulheres eleitas como prefeitas foi recorde, 621 mulheres assumirão a prefeituras, o que corresponde a quase 11,37% de todos os prefeitos eleitos.

Em contrapartida, a abstenção nessa eleição também foi maior do que na eleição de 2008, 22,7 milhões de eleitores não voltaram. O que corresponde a quase 16,41% dos quase 139 milhões de eleitores brasileiros. Em 2008 a abstenção foi de 14,5%. A maior abstenção foi no Maranhão, 19,6%, e Sergipe teve a menor abstenção com 77.

Medidas para evitar fugas dos mensaleiros

Para evitar a fuga de mensaleiros condenados pelo Supremo Tribunal Federal, após o final do julgamento, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, em sintonia com ministros do Supremo Tribunal Federal, busca meios de neutralizar eventuais tentativas de fuga.  Eles estão preocupados com a viagem ao exterior durante o julgamento do mensalão do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato e do precedente do ex-banqueiro Salvatore Cacciola.

Gurgel quer pedir, ao fim do julgamento, medidas de cautela para evitar que os réus condenados escapem do cumprimento da pena de prisão, a exemplo da apreensão de passaportes.

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