David Cameron nega pedido de Cristina



David Cameron nega pedido de Cristina


RENATA GIRALDI

Da Agência Brasil – Brasília

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, recusou ontem o pedido da presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, de devolução das Ilhas Malvinas. Em carta, publicada nos jornais britânicos e argentinos, Cristina Kirchner acusa o Reino Unido de colonialismo, pede a retomada do diálogo e a devolução das ilhas.

De acordo com assessores de Cameron, a população das Malvinas demonstrou "o desejo claro de ser britânica" e o primeiro-ministro fará "o possível para proteger" seus interesses. Em março será realizado um referendo sobre o estatuto político do arquipélago.

Cameron pediu à Cristina Kirchner que aceite o resultado do referendo. De acordo com assessores, os moradores das Ilhas Malvinas são livres para escolher o futuro, tanto na política como na economia, e têm direito à autodeterminação.

Em 1982, houve uma disputa entre Argentina e Reino Unido pela posse das ilhas. Os britânicos saíram vitoriosos. A disputa entre os dois países ocorre desde o século 19. Na carta, Cristina Kirchner lembra a história da disputa.

"Há 180 anos, a 3 de janeiro como hoje, em um exercício aparente de colonialismo século 19, a Argentina foi alvo de armas que levaram à retirada das Ilhas Malvinas, situada a 14 mil quilômetros de Londres [capital do Reino Unido]”, diz o texto.

COLÔMBIA

Paramilitares que se denominam Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC) admitiram, em relatório elaborado pela Procuradoria-Geral da Colômbia, o envolvimento em massacres, homicídios, sequestros, extorsões e desaparecimentos em várias localidades do país. O governo do presidente colombiano, Juan Manuel Santos, tenta combater a ação do grupo.

A confissão veio à tona após a descoberta de 3.092 valas nas quais estavam enterrados cerca de 5 mil corpos. Os paramilitares disseram aos policiais que participaram de 1.064 massacres, 25 mil homicídios e 3.599 desaparecimentos em todo o país. Os paramilitares disseram ainda ter participado de casos de tortura, tráfico de drogas e violência sexual.

No relatório da Procuradoria-Geral da Colômbia, autoridades reiteram que as confissões dos paramilitares têm o objetivo de obter benefícios judiciais, como redução de penas. Segundo investigadores, os grupos paramilitares colombianos estão entre os fenômenos mais violentos do país.

Na década de 1990, os grupos se uniram e criaram a chamada AUC, tornando-se independentes e ligados ao narcotráfico.

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