Boca x River que marca volta de ‘barras bravas’ gera temor na …

Um Superclassico sempre é o principal assunto da semana que o precede na Argentina, mas o duelo entre Boca Juniors e River Plate neste domingo tem ganhado vários detalhes extracampo. O jogo deve marcar o retorno à Bombonera de dois líderes da ‘barra brava’ La 12, organização de torcedores xeneizes frequentemente envolvida com crimes ligados ao futebol.

Rafa Di Zeo e Mauro Martín são considerados dois dos homens mais perigosos do futebol argentino. Ambos estiveram à frente da barra brava na última década e passaram anos provocando confrontos violentos entre facções da torcida do Boca que lideravam. Por consequência desses conflitos foram proibidos de frequentar estádios em agosto de 2012, mas a decisão foi revogada nesta semana.

A dupla conseguiu que o Boca Juniors voltasse atrás e permitisse acesso à Bombonera para não "ferir direitos constitucionais". Sob ameaça de processo, o clube recuou e permitiu o retorno de Di Zeo e Martín em passo que gerou grande polêmica. O fim do afastamento pode ter a ver com a grande influência que La 12 tem na cúpula diretiva do clube xeneize.

Deste modo, ambos devem voltar ao estádio neste domingo após anos longe dos jogos do Boca Juniors. Atualmente posam como amigos e firmaram pacto de que voltariam juntos a liderar a barra brava, mas o clima em Buenos Aires é de incertezas. É neste contexto que o time xeneize encara o River Plate às 18h15 (de Brasília) deste domingo.

Entenda a guerra de poder da 12 - Di Zeo foi o líder da barra brava de 1996 a 2007, quando foi preso por porte ilegal de arma em briga contra torcedores do Chacarita Juniors. À época deixou o comando da torcida para o pupilo Mauro Martín, que negou-se a ceder seu posto quando Di Zeo foi solto em 2011.

A situação rachou a organização ao meio e o retorno do antigo ‘capo’ à Bombonera reuniu sob suas ordens 900 homens, que cantaram juras de morte ao grupo de Martín. O conflito virou físico em 2012, quando capangas de Di Zeo atacaram a tiros um ônibus da facção rival e acertaram Martín. A este confronto seguiram-se vários outros, que deixaram dezenas de mortos. A dupla só se acertou recentemente, ao que parece ignorando o histórico de inimizade.

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