Armados, marinheiros do Libertad não querem que navio saia do …

O navio está ancorado desde 2 de outubro passado no porto de Tema, perto da cidade da capital Accra; na quinta-feira passada, uma decisão da justiça de Gana determinou a mudança de lugar do Libertad, que ocupa um grande espaço no cais e está atrapalhando as operações comerciais no porto. Mas o capitão e os 44 marinheiros que ainda se encontram a bordo reagiram, obrigando as autoridades locais a renunciarem à ação.

"Eles apontaram os seus fuzis em nossa direção e ameaçaram atirar se montássemos a bordo", disse o diretor do porto, Jacob Kwabla Adorkor, explicando que a passarela do navio foi retirada. Agora, ninguém entra e ninguém sai do Libertad.

As autoridades de Gana vão entrar com um recurso na justiça e o navio será privado de água, eletricidade e combustível a partir desta segunda-feira, uma forma de pressionar a tripulação a permitir que o navio seja deslocado.

Para a Argentina, movimentar o navio pode ser perigoso, já que 282 marinheiros foram retirados no mês passado, ficando somente uma pequena equipe para garantir a manutenção diária.

Entenda o caso

Uma queixa do fundo de investimentos NML Capital Limited é a origem da detenção do Libertad. Este fundo, sediado nas Ilhas Caiman, um paraíso fiscal, reclama mais de US$370 milhões da Argentina, relativos a títulos públicos em moratória desde dezembro de 2001. Buenos Aires se recusa a atender a demanda.

A fragata foi embargada pela Justiça de Gana que acatou o pedido do fundo de investimento.
 

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