As exportações de veÃculos diminuÃram expressivos 40,4% entre janeiro e outubro deste ano na comparação com o mesmo intervalo de 2013, para apenas 284,8 mil unidades. O principal motivo, segundo a Anfavea, associação que representa os fabricantes do setor, continua sendo a restrição do mercado argentino. A entidade divulgou os dados na quinta-feira, 6.
- Veja aqui os dados da Anfavea
Em outubro foram vendidos internacionalmente 23,5 mil veÃculos brasileiros, entre leves e pesados, volume 9,7% inferior ao de setembro e 54,6% menor do que o de igual mês do ano passado. Apesar dos números pouco animadores, a organização acredita que a situação já não é mais tão preocupante. “Sentimos melhora no segundo semestreâ€�, avalia Luiz Moan, presidente da Anfavea.
A exportação de veÃculos leves foi a que teve maior redução, de 41,2%, para 264 mil unidades. A queda foi de 26% no segmento de caminhões e de 29,4% para os fabricantes de ônibus.
Em valor a queda das vendas internacionais foi menor, de 29,9% de janeiro a outubro, para US$ 9,84 bilhões. A diferença acontece por causa das exportações de peças de reposição para veÃculos brasileiros que já rodam em outros mercados.
Moan trabalha na negociação de novos acordos automotivos para ampliar as exportações brasileiras e reduzir a dependência do mercado argentino. O executivo esteve na Colômbia e no México para debater com as associações que representam a indústria destas regiões. No México a Anfavea conversou inclusive com a entidade que representa as montadoras de caminhões. Atualmente o acordo automotivo com o paÃs inclui apenas veÃculos leves.
PREVISÃO
A realidade do mercado está distante da previsão da Anfavea para este ano. A entidade esperava queda de 29,1% nas exportações, para 401 mil veÃculos. Apesar de não fazer revisão das expectativas, a entidade admite que a tendência é de resultado abaixo do esperado.
Assista abaixo a entrevista exclusiva de Luiz Moan a ABTV: