Aprovado acordo Irã-Argentina


Buenos Aires Os deputados argentinos converteram em lei ontem um acordo com o Irã proposto pelo governo da Argentina para interrogar dirigentes iranianos acusados pelo atentado contra o centro judaico AMIA, em Buenos Aires.

Populares fazem manifestação contra o acordo em frente ao Congresso Argentino. Judeus argentinos querem pedir anulação da decisão FOTO: REUTERS

O ataque, realizado em 1994, matou 85 pessoas e deixou 300 feridos. A base governista conseguiu 131 votos, enquanto a oposição - com o apoio de entidades judaicas, que rechaçam o acordo - somou 113 votos.

Buenos Aires e Teerã assinaram no último 27 de janeiro um memorando para criar uma "comissão da verdade" independente, integrada por cinco membros, nenhum deles iranianos ou argentinos.

O acordo bilateral estabelece possibilidade de que os cinco juristas e o juiz argentino responsável pela causa possam recolher depoimentos em Teerã de oito acusados, entre eles o atual ministro da Defesa, Ahmad Vahidi e o ex-presidente Akbar Hachemi Rafsandjani.

Brechas

A oposição diz que o memorando dá brechas aos iranianos. Após a sanção da lei, o presidente da AMIA, Guillermo Borger, anunciou que a entidade pedirá a anulação do acordo na Suprema Corte. "Apresentaremos o pedido de anulação de toda esta proposta de acordo e a criação da comissão da verdade na Corte Suprema", afirmou Borger.

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