No teste eleitoral para a chefia do governo da cidade de Buenos Aires, o partido da presidente argentina ficou mal na fotografia. A Frente para a Vitória (FPV), de Cristina Kirchner, não foi além do terceiro lugar nas primárias para o escrutínio de 9 de julho, a quase 30% do partido Proposta Republicana (PRO), de Maurício Macri. O atual chefe do governo da capital consolida assim a sua posição tendo em vista as presidenciais de outubro, onde se joga o futuro do kirchnerismo, sem um Kirchner no boletim de voto.
"A eleição para as presidenciais vai polarizar-se em dois temas. Continuidade, com um candidato do governo, e a mudança, que vai ser representada por nós", disse Macri, indicando que as primárias de domingo em Buenos Aires foram "um passo em frente muito grande" para a corrida presidencial. Neste teste eleitoral, não só o conservador PRO saiu vencedor (com mais de 47% dos votos), como o candidato apoiado por Macri bateu a concorrência direta. Horacio Rodríguez Larreta partiu para a corrida com uma desvantagem de 15 pontos em relação à adversária do mesmo partido, Gabriela Michetti, mas o apoio do líder alterou a situação.