Será apenas a segunda de 18 rodadas de uma disputa que classificará possivelmente metade de seus participantes para a Copa do Mundo. Ainda assim, as duas maiores potências da América do Sul entrarão em campo amanhã já pressionadas. O Brasil, contra a Venezuela, e a Argentina, diante do Paraguai, precisam de vitória para chegar ao clássico platino, em novembro, sem carregar tensão extra, além da natural que o duelo comporta. Sem os craques Messi e Neymar, os rivais buscam alívio para que o precoce encontro na terceira rodada não se transforme em um tango tipo "Adios nonino", no eterno bandoneón de Astor Piazzolla.
A tarefa argentina se desenha mais árdua porque a derrota na estreia foi em casa, para o Equador. Prejuízo maior. De quebra, terá pela frente o empolgado Paraguai, vindo de triunfo como visitante sobre a Venezuela e esperançoso de retornar a um Mundial após a ausência em 2014. Nem mesmo a goleada de 6 a 1 que a Albiceleste impôs na semifinal da Copa América de meses atrás pode ser evocada com otimismo. Na que foi a melhor atuação recente dos hermanos, Messi estava em campo e regeu a orquestra. Agora, em Assunção, não haverá o camisa 10 e haverá o barulho contrário da torcida.
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Em Fortaleza, os comandados de Dunga terão rival que já foi a baba do continente. Não é mais! Sintoma disso é que cinco anos atrás, na primeira "gestão" do técnico, a Canarinho perdeu de forma inédita para a Vinotinto, em amistoso. Além do clamor por um futebol mais agradável, a Seleção tem também a pragmática necessidade dos três pontos. A derrota para o Chile – tristemente normal pela realidade de momento – apenas deu sequência à via-crúcis de um patrimônio nacional que sofre de maus tratos.
O choque mais interessante da rodada, porém, se dará no Centenário. Dois dos vencedores no pontapé inicial, Uruguai e Colômbia têm a chance de abrir vantagem, mesma situação vivida pelo Equador, contra a Bolívia, e Chile, no Peru.