Vento de mudança na Igreja Católica?

O Papa Francisco é a figura do ano. O Santo Padre que chegou da Argentina conquistou o mundo com a sua simplicidade e abertura aos outros. Depois de Bento XVI, um Papa mais reservado e preocupado com a doutrina, o Papa Francisco quer aproximar a Igreja dos crentes.

A consulta sobre a família tem criado expectativas de mudança na Igreja, nomeadamente outra maneira de encarar as novas formas de família que caracterizam as sociedades actuais. Mas essas expectativas são fundamentadas? No fim do dia, é pouco provável que alguma coisa mude na posição da Igreja perante, por exemplo, a homossexualidade.

O Papa Francisco pode sofrer do efeito Obama: expectativas demasiado elevadas relativamente ao que pode realmente mudar na doutrina e proposta da Igreja. Porém, na área económica e na saída da crise, o novo Papa pode ajudar a uma nova síntese ética e moral.

Como destaca D. Manuel Clemente, Patriarca de Lisboa, em entrevista ao Económico e à Antena 1, o Santo Padre tem rejeitado o consumismo e pedido mais solidariedade perante os que estão em dificuldades. O Papa Francisco não ataca o capitalismo mas tem criticado os seus exageros. Com mais ou menos mediatismo do Papa, os problemas actuais são o desemprego e as políticas de família. E a Igreja deve dar o seu contributo para as soluções.

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