A delegação do Tigre regressou na manhã desta quinta-feira a Buenos Aires, após a polêmica final da Copa Sul-Americana no Morumbi. Na chegada à Argentina, o time reforçou as declarações dadas ainda em São Paulo de que o elenco foi agredido por seguranças tricolores e ameaçado com armas de fogo.
“Na entrada para o vestiário estavam todos os seguranças, quiseram bater nos nossos jogadores... e bateram”, disse o técnico Néstor Gorosito, cercado por jornalistas no aeroporto. “O chefe da segurança apontou um revólver para os jogadores, alguns apareceram com hematomas, com cortes, machucados... sempre houve problemas no campo em partidas assim, mas algo como isso eu nunca havia visto”, acrescentou.
Os argentinos reforçaram a ideia de que as agressões dos seguranças do São Paulo ocorreram sem precedentes. Por isso, o time da região norte da Grande Buenos Aires justificou a ausência no segundo tempo da final da Sul-Americana no Morumbi, quando o placar já marcava 2 a 0 para os brasileiros.
“Foi algo impensado, nos deparamos com 10, 15 caras grandalhões quando entramos no vestiário. Sem falar nada, começaram a nos bater. Se te ameaçam com armas e te descem a porrada, é impossível voltar para jogar o segundo tempo”, emendou.
A equipe do Tigre desembarcou no Aeroparque, em Buenos Aires, volta das 10h30 locais (11h30, de Brasília). A delegação que veio a São Paulo passou boa parte da madrugada prestando depoimento na delegacia.