Morten Soubak, técnico da seleção brasileira de handebol (Foto: Wander Roberto/PhotoGrafia)
A seleção brasileira feminina de handebol se preparou para três jogos em Brasília. Dez dias antes do Mundial da Dinamarca, o grupo comandado pelo técnico dinamarquês Morten Soubak encararia Eslovênia, Argentina e Sérvia pelo torneio Quatro Nações, no ginásio Nilson Nelson, na capital do país. O comandante, porém, não contava com problemas no telhado do ginásio, cheio de goteiras, e com a umidade do piso, que transformaram em uma tormenta a estadia em Brasília. Na primeira rodada, na sexta-feira, o jogo contra a Eslovênia sequer começou.
Neste sábado, a partida diante das mesmas rivais foi interrompida aos 19 minutos do primeiro tempo pelo mesmo problema. Assim, ao invés de três jogos, a seleção fará apenas um, neste domingo, às 12h, no ginásio do Corpo de Bombeiros, contra a Sérvia, repetindo a final do Mundial de 2013, quando o Brasil foi campeão.
Para Morten, os imprevistos e o cancelamento do jogo contra a Argentina, que seria neste sábado, mas acabou caindo para que a seleção tentasse novamente enfrentar a Eslovênia, prejudicam a preparação para o Mundial da Dinamarca. O Brasil estreia no torneio no dia 5 de dezembro, contra a Coreia do Sul, em Kolding, e acertos táticos, só possíveis de serem feitos em amistosos, podem ficar pelo caminho.
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Não é de agora que o ginásio Nilson Nelson sofre com goteiras
- De uma forma ou outra, chegamos aqui para fazer um torneio e três jogos. Agora, conseguimos fazer 19 minutos e no domingo outro jogo. Então, é óbvio que isso afeta não só a preparação, mas também a cabeça. Tira o gosto de jogar. Estamos cada dia chegando mais perto do Mundial e o que queremos é ver os detalhes, tentar ajustar e não tivemos chances de fazer isso. Então, por segurança das meninas, é o que aconteceu - explica o técnico Morten Soubak.
Goteiras no Nilson Nelson, em Brasília, fizeram jogo ser interrompido (Foto: Thierry Gozzer)
Ele ainda lembra que não é a primeira vez que convive com esse problema no Brasil. Pelo contrário. A sina vem desde 2011, quando teve que cancelar um amistoso contra a Noruega pelo mesmo problema, em Santos. A equipe também conviveu com situação parecida em outras cidades e ginásios brasileiros.
- O ginásio Nilson Nelson é muito bonito, mas não é a primeira vez que acontece isso comigo no Brasil. Em 2011, na preparação para o Mundial jogado no Brasil, fomos fazer um amistoso contra a Noruega em Santos e foi igual agora. O jogo foi cancelado, nunca foi feito. Era muita umidade na quadra. E várias fases de treinamento no Brasil tive que cancelar também. Em Joinville, Aracaju, São Luiz, Maceió, Brasília. Sempre com esse problema. Em todos os lugares tive que cancelar por não ter condições para treino - lembra Morten.
Balde foi colocado para contornar goteira no Nilson Nelson (Foto: Thierry Gozzer)
Também classificada para o Mundial, a Argentina acabou menos prejudicada. Apesar de ver o jogo contra o Brasil cancelado, a equipe conseguiu enfrentar a Sérvia neste sábado, já que o duelo foi transferido para o ginásio do Corpo de Bombeiros, e neste domingo pega a Eslovênia no mesmo local. Mesmo assim, o treinador Eduardo Peruchena criticou a organização.
- Não chega a me prejudicar por eu ter conseguido ao menos dois jogos. Jogamos contra a Sérvia e vamos jogar no domingo contra a Eslovênia. Se tivesse jogado apenas uma vez, aí sim não seria legal. Mas o que aconteceu não é bom. E me parece que é um problema de organização, já que não foi por acaso. Está chovendo não é de agora, e choveu na sexta-feira. Então, sabiam que poderia acontecer de novo - disse Eduardo Peruchena, técnico da Argentina.
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