TAMANHO DA LETRA

Levar dinheiro em uma viagem para países da América do Sul, como os mais populares Argentina e Chile, requer algumas avaliações que não são comuns em passeios para outros destinos, principalmente pela gama de possibilidades. É preciso ponderar, por exemplo, se é melhor comprar a moeda aqui ou no destino. Também é necessário avaliar se vale a pena levar dólar, mesmo sabendo que serão realizadas duas conversões e que há o risco de cédulas falsas. E ainda dá para pensar se a melhor alternativa seria gastar em real, já que a moeda brasileira é muito bem aceita na capital portenha.

Levantamento feito pelo Estado de Minas baseado no câmbio praticado na sexta-feira tanto no Brasil quanto na Argentina e Chile revela que o ideal é sair do país sem muitos pesos na mão. O mais aconselhável é levar apenas o necessário para pagar as contas imediatas, como o transporte do aeroporto para o hotel. No geral, comprar a moeda local nas casas de câmbio do destino pode garantir cotação até 20% mais vantajosa.

Enquanto em uma casa de câmbio brasileira cada real garantia o recebimento de 2 pesos argentinos, em Buenos Aires, R$ 1 valia 2,39 pesos, em média, diferença de 19,5%. No caso do chileno, aqui era cotado em 200 pesos para cada real, contra 240 pesos por real em Santiago, variação de 20%. Os cálculos não consideram o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 0,38% cobrado, que teria impactos pequenos no resultado. Antonio da Matta, presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens em Minas Gerais (Abav-MG), aconselha que pesquisas como essas devem ser feitas regularmente. “Uma hora é bom comprar aqui, outra hora lá. É preciso ficar atento”, aconselha.

Ele mesmo admite que a oferta das moedas nas casas de câmbio brasileiras é mais restrita e dificilmente são oferecidas opções de cédulas de menor valor. Esta é uma preocupação constante que os turistas brasileiros devem ter, principalmente nas viagens para a Argentina. Quem nunca ouviu a recomendação de dar dinheiro trocado para os taxistas? A dica é importante, já que não são raros os casos de troco com moeda falsa que passa desapercebida ao olhar de muitos viajantes.

O advogado Thiago Torres, que vai pelo menos uma vez por ano para Buenos Aires, dá mais algumas dicas de como gastar no país vizinho. “A comodidade de levar reais na carteira é uma das grandes vantagens da Argentina. Como o câmbio está extremamente favorável aos brasileiros, não há a necessidade de comprar pesos ou dólares no Brasil antes de viajar”, avalia.

Dólar na mão é vendaval

Fugir do cartão de crédito, com IOF de 6,48%, é quase uma obrigação. “Para isso, uso os cartões na função de débito. A grande maioria dos lugares aceita essa forma de pagamento e isso facilita”, afirma. Ele não descarta, inclusive, a possibilidade de gastar em dólar. “A cotação da moeda norte-americana é extremamente valorizada em Buenos Aires e aceita em diversas lojas e restaurantes. Às vezes usar moedas de outros países é até mais vantajoso do que usar pesos trocados em Buenos Aires”, pondera.

A moeda americana virou artigo de luxo desde que o governo portenho aumentou as restrições para sua venda, agora limitada a pessoas que comprovem que a viagem para o exterior está marcada. Acostumados a poupar em dólar e a fazer operações comerciais com a divisa – inclusive compra de imóveis, que caiu quase 50% desde que as medidas da presidente Cristina Kirchner foram implantadas –, os argentinos criaram um verdadeiro mercado paralelo da moeda. O resultado é que um hábito extinto há pelo menos 10 anos está de volta, mesmo que para isso o viajante esteja sujeito a duas conversões.

Em algumas casas de câmbio brasileiras, o dólar era cotado a R$ 2,22 na sexta-feira. Com este valor em reais, era possível comprar 4,44 pesos argentinos. No entanto, se o viajante optar pela compra do dólar, mesmo recebendo menos na hora de vender para uma casa de câmbio na Argentina, receberia 4,76 pesos pela moeda americana. Portanto, sair com dólar do Brasil para gastar no país vizinho garante ganho de 7% na cotação.

A verdade é que os ganhos podem ser ainda maiores em lojas e restaurantes, nos quais os empresários anunciam cotações ainda mais atraentes e benéficas ao viajante na tentativa de estimular o gasto em dólar. “Para ter ideia, enquanto a cotação do real nas casas de câmbio variava entre R$ 2,30 e R$ 2,40, se pagássemos em real diretamente em algumas lojas e restaurantes, essa cotação muitas vezes alcançava R$ 2,50 ou R$ 2,60. O mesmo acontece com o dólar. Nesse sentido, para aqueles que já têm dólares no bolso, é uma boa alternativa levá-los”, observa Thiago, que viajou para o país vizinho pela última vez no feriado de 2 de novembro.

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