Rúben Faria parte no dia 30 rumo à Argentina, para participar na 35.ª edição do rali Dakar onde, uma vez mais, vai percorrer as rotas de três países da América do Sul: Argentina, Bolívia (a novidade que substitui o Peru) e o Chile. São cerca de 10 mil quilómetros a palmilhar as pampas, cordilheiras, desertos e montanhas, numa competição que arranca a 5 de janeiro na cidade argentina de Rosário e termina no dia 18 do mesmo mês em Valparaíso, no Chile.
Depois do segundo lugar alcançado em 2013, a fasquia ficou mais alta para o motard algarvio, que não recusa a possibilidade de ganhar o Dakar. «O objetivo primoridal é chegar ao fim. Mas também tenho o sonho de ganhar o Dakar. Vamos esperar pelo dia 18 e depois logo se vê», afirmou o piloto da equipa Red Bull KTM.
Para a grande aventura o piloto de Olhão irá utilizar o novo modelo da KTM 450: «Uma moto mais pequena e leve do que a anterior e com capacidade para perder menos potência nas etapas em que rodamos a cerca de quatro mil metros de altitude. Mudámos o sistema mecânico para injeção e já deu para perceber que temos moto para vencer a competição», constatou Rúben Faria, que já testou a máquina em países como Marrocos, Áustria e mesmo no Brasil.
E foi mesmo em terras de Vera Cruz que o português fraturou o pulso, azar de que ainda não se encontra completamente restabelecido: «Tenho trabalhado bem, mas sinto que não estou a cem por cento. Mas o meu fisioterapeuta já me disse que se conseguiu recuperar dois jogadores de râguebi com lesões idênticas à minha, eu também vou conseguir recuperar totalmente o meu pulso», frisa, com optimismo, Rúben Faria, que aponta as equipas da Honda e Yamaha como as principais rivais da KTM, marca que tem ostentado domínio esmagador nos últimos anos, tendo arrebatado, entre 2001 e 2013, 12 (!) edições sucessivas do Dakar.