Postado por Veja.com.br em 20 dezembro, as 5:25 Em Brasil/Mundo
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América do Sul
Milhares sindicalistas protestaram na quarta-feira, no centro de Buenos Aires, para exigir a redução de impostos e denunciar a inflação e a insegurança presentes no governo da presidente Cristina Kirchner. “Não ao imposto de renda, sim ao auxílio família para todos”, resumia um grande cartaz em meio à multidão na Praça de Maio, diante da Casa Rosada, a sede do governo.
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Entre os líderes do protesto estava o sindicalista Hugo Moyano, um ex-aliado de Cristina que agora se alinha com a ala opositora da Confederação Geral do Trabalho (CGT). “Senhora presidente, ocupe-se da inflação que corrói o salário, utilize todos os instrumentos necessários a seu alcance para enfrentar a insegurança que atinge todos os argentinos”, discursou ele. “Se (o governo) não entende as lutas sindicais e as mobilizações, em 2013 teremos a oportunidade de utilizar o voto e eleger quem garanta os direitos dos trabalhadores”, assinalou Moyano, que desponta como virtual candidato à presidência.
O protesto de quarta registrou a incomum aliança entre sindicalistas peronistas e partidos da esquerda, adversários históricos na Argentina. “Apesar das diferenças que temos, acreditamos que nossas exigências são justas “, disse Florencia Piris, militante da Frente de Esquerda.
A manifestação de quarta acontece um mês depois da greve geral que paralisou o país no final de novembro e que foi convocada em protesto contra a política econômica do governo de Cristina. Após a vitória nas eleições de outubro de 2011, com 54% dos votos, a atual presidente viu sua aprovação cair de 64,1% para 30,6% em um ano, segundo a consultoria MF. No início de novembro, uma gigantesca manifestação popular contra o governo levou 700.000 pessoas para as ruas de Buenos Aires.
(Com agência France-Presse)
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