Sindicalistas estrangeiros participam de assembleia na GM – Mundo Sindical

Dirigentes sindicais de Alemanha, Espanha, Colômbia e Argentina participaram nesta terça-feira, dia 20, de uma assembleia na General Motors, de São José dos Campos,  em que defenderam uma luta global em defesa do emprego e dos direitos.

Os sindicalistas estão na cidade para participar de uma reunião internacional, organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos e pela CSP-Conlutas, sobre a situação dos trabalhadores da montadora.

O vice-presidente da Comissão de Fábrica da Opel-GM, na Alemanha, Stefen Reichelt, e o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Colômbia, Felix Herrera, subiram no caminhão de som do Sindicato e mostraram todo seu apoio aos trabalhadores. 

Para Stefen Reichelt, os problemas vividos hoje pelos metalúrgicos da GM de São José dos Campos, que estão sob ameaça de demissão, não é apenas local e, por isso mesmo, as relações de apoio internacional têm de se solidificar. Reichelt ressaltou os planos da GM em fechar a fábrica da Opel, em Bochum, na Alemanha, que resultará no fechamento de 5 mil empregos diretos e 45 mil indiretos.

“Os ataques são globais, portanto a única maneira de lutar é nos mantendo unidos contra a multinacional”, afirmou o dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos da CGT, da Espanha, Luis Elena, que também participará do encontro desta quarta-feira, no Hotel Dan Inn, a partir das 9h.

Solidariedade

O Sindicato recebeu cartas de solidariedade de dez países, dirigidas a trabalhadores da GM da planta de São José dos Campos. As cartas foram motivadas pelo Encontro Internacional.

De Rüsselsheim, na Alemanha, o Fórum Europeu de Empregados da GM (GM European Employee Forum) enviou uma carta condenando os planos da montadora em nosso país.

"O Fórum Europeu dos Empregados da GM está pedindo à administração da empresa para assumir a sua responsabilidade pelos trabalhadores brasileiros. Não há razão para tal política com mais e mais carros sendo vendidos no Brasil, com o governo do Brasil proporcionando benefícios fiscais à empresa e o fato de a companhia importar veículos para o mercado brasileiro", diz um trecho da carta, assinada por 24 dirigentes de sindicatos da Alemanha, Reino Unido, Espanha, Polônia, Áustria, França, Hungria, Itália e Holanda.

Os trabalhadores da GM da Rússia também expressaram sua solidariedade aos brasileiros. O comitê sindical da GM no país (GM Auto Trade Union Committee) enviou carta apoiando a luta travada em São José dos Campos em defesa dos empregos.

"Entendemos que, se hoje vocês enfrentam esse problema, amanhã será a nossa vez. Somente a solidariedade pode nos ajudar a vencer", diz uma parte do texto.

Fonte: Assessoria de Imprensa Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região - 21/11/2012

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