Saída de Maxi decreta fim da dupla argentina de sucesso

  • Fernando Vivas / Ag. A Tarde

    Enquanto Maxi não renovou, Escudero está perto de selar sua permanência para 2014

Entre churrascos no quiosque do condomínio na Praia do Flamengo, brincadeiras com as respectivas famílias na piscina e desfiles de talento no gramado do Barradão, o torcedor rubro-negro fica com a última opção.

Os argentinos Maxi Biancucchi e Escudero - que se tornaram amigos este ano, no Vitória - se dão bem em qualquer dos eventos citados, mas a parceria encantou mesmo a turma do Leão no campo. Nele, rendeu um aproveitamento de 67%, com 19 triunfos, sete empates e apenas seis derrotas (veja números pessoais da dupla, em 2013, abaixo).

No entanto, este casamento durou só uma temporada. A separação foi anunciada na última quinta-feira, quando o clube divulgou que não renovará o contrato do atacante Maxi. Além disso, confirmou que um acerto para a extensão do vínculo do meia Escudero está cada vez mais perto de acontecer.

O diário argentino Olé publicou matéria na qual cravou que o jogador já estava vendido do Boca Juniors ao Vitória por cerca de R$ 500 mil. O presidente do Rubro-Negro, Carlos Falcão, disse que, realmente, o clube terá de dar a compensação financeira ao time argentino para adquirir parte dos direitos econômicos de Escudero, que assinaria até o fim de 2016.

Porém, Falcão desmentiu a conclusão da tratativa. "Estamos evoluindo, chegando perto, mas ainda existem detalhes importantes que precisam ser acertados", ponderou.

A longa duração da novela nas negociações se deu por conta das altas pedidas salariais de ambos. Escudero teria solicitado que seu ordenado aumentasse de R$ 130 mil a R$ 300 mil. Maxi, de R$ 80 mil a R$ 200 mil. Ambos tiveram de ceder, o que não foi suficiente no caso do atacante. "Aceitamos reduzir (a proposta) em duas vezes. Agora, em três vezes é ser tirado de otário", reclamou o agente do atleta, Régis Marques Chedid, em sua conta no Twitter.

Também via rede social, o Vitória, que teria proposto um aumento de 50% ao atacante, resumiu: "O empresário de Maxi não aceitou as condições oferecidas pelo clube e, com isso, o jogador não permanecerá no Vitória em 2014".

Principal destaque do time no primeiro semestre, o baixinho de 1,65 m sofreu com uma lesão muscular na parte final do Brasileirão e, depois de ficar quase dois meses de molho, só voltou para os últimos cinco jogos, dos quais só foi titular em dois.

Apesar de Maxi Biancucchi ter sido o vice-artilheiro da equipe na temporada, com 17 gols, sua perda não causou grande abalo ao Leão. Pelo menos é o que garantiu Carlos Falcão. "Para a posição dele, temos a volta de Willie e também queremos dar mais chance a Leilson. Eu até acho que devemos contratar outro atleta para o setor, mas sem urgência", disse, antes de afirmar que, caso venha mesmo um atacante, será um nome forte: "Não vamos trazer ninguém só pra compor elenco".

Os números dos gringos no Leão:

Escudero

Jogos: 43
Jogos como titular: 42
Vitórias: 23
Empates: 11
Derrotas: 9
Aproveitamento: 62%
Gols: 6
Assistências: 5

Maxi

Jogos: 42
Jogos como titular: 38
Vitórias: 20
Empates: 9
Derrotas: 13
Aproveitamento: 55%
Gols: 17
Assistências: 2

Os dois juntos

Jogos: 32
Vitórias: 19
Empates: 7
Derrotas: 6
Aproveitamento: 67%

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