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Jogando pelo empate para garantir classificação às oitavas de final da Copa Bridgestone Libertadores, o Cruzeiro, visivelmente cansado depois de bater o rival Atlético-MG no último domingo (12), perdeu por 3 a 1 para o Huracán, da Argentina, na casa do adversário, o estádio El Palácio, nesta terça. Ramón Ábila colocou o time anfitrião na frente com dois gols em 22 minutos, Leandro Damião diminuiu de pênalti no segundo tempo e Mancinelli definiu a contagem. Somado à vitória do Universitário de Sucre na Bolívia, contra o Mineros de Guayana (VEN), o revés jogou a Raposa para a vice-liderança do grupo 3. Na última rodada, os brasileiros encaram a equipe de Sucre no Mineirão e um triunfo basta para firmar o avanço à fase de mata-mata. Em caso de derrota ou empate, dependerá do resultado da outra partida, que será disputada na Venezuela.

Confira os destaques do duelo: 

O Cruzeiro levou dois gols marcados por Ábila logo na primeira etapa do duelo contra o Huracán, na Argentina, e sentiu o peso do placar, criando poucas chances para reverter o resultado. Só no segundo tempo, aos 14 minutos, a esperança mineira renasceu com gol de pênalti marcado por Leandro Damião. Quando teve chance de mostrar poder de reação, porém, a Raposa levou mais um balde de água fria. Apenas três minutos depois, Mancinelli recebeu lançamento na área e cabeceou para marcar o terceiro dos argentinos, decretando a vitória em casa.

Camisa 9 um pouquinho acima do peso, bem ao estilo Walter, jogador do Atlético-PR, Ramón Ábila foi o destaque da partida na Argentina. O centroavante do Huracán marcou dois dos três gols da vitória dos donos da casa – e chegou a quatro nesta edição da Libertadores.

Ábila abriu o placar logo aos 14 minutos do primeiro tempo, quando recebeu lançamento em posição irregular, tirou o goleiro Fábio da jogada e estufou as redes. Não demorou para aumentar a vantagem: aos 25, aproveitando cruzamento rasteiro do baixinho Puch, anotou o segundo tento, livre na altura da marca do pênalti, em finalização forte e no alto, de perna direita.

O Cruzeiro só se recuperou do golpe no segundo tempo – quando o fez, o Huracán, com Mancinelli, logo definiu a contagem. Ramón Ábila, jogador que tem apenas dois gols a menos do que o artilheiro do Campeonato Argentino, foi o algoz da Raposa.  

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Paulo André foi grande candidato a vilão do duelo nesta terça (14), bem como todos os componentes da defesa do Cruzeiro, mas o árbitro chileno Patricio Polic garantiu o posto no lance do primeiro gol do Huracán. Na origem da jogada, Leandro Damião sofreu falta e perdeu a bola no meio de campo. Nada foi marcado. Na sequência, após lançamento, Ábila recebeu em posição irregular e completou para as redes. O assistente Raúl Orellana não indicou o impedimento, e o tento foi validado.

Já cansado pela maratona de jogos, o Cruzeiro, atrás no placar, se mostrou abatido e presa fácil para o Huracán. 

Na terceira posição do Grupo 3, o Huracán precisava da vitória para sonhar com a classificação para a próxima fase da Libertadores. Por isso, os comandados do técnico Néstor Apuzzo pressionaram o Cruzeiro desde o início de jogo, com apoio da torcida. E a pressão deu certo, já que logo no primeiro tempo, aos 18 e 22 minutos, a equipe da casa abriu vantagem no marcador e esfriou os ânimos do time mineiro, que não teve poder de reação para assustar os argentinos. 

Tão importante quanto a pressão inicial, frieza depois de ver Damião diminuir a contagem de pênalti também foi decisiva para o Huracán, que não se desesperou e conseguiu marcar o terceiro gol logo depois. 

Até a partida contra o Huracán, o Cruzeiro não havia tomado nenhum gol na Libertadores e tinha a melhor defesa da competição. Porém, o setor se mostrou cansado no jogo na Argentina e, por conta de falhas individuais, tomou três gols.

No primeiro, Léo e Paulo André deixaram Abila (impedido) entrar livre pelo meio e tocar na saída de Fábio. Logo em seguida, o ex-zagueiro do Corinthians foi driblado por Edson Puch na direita, que cruzou para livre para o camisa 9 do Huracán ampliar. O time argentino fechou o caixão após cobrança de falta para dentro da área, onde toda a defesa do Cruzeiro parou e deixou Mancinelli mandar de cabeça para o fundo das redes.

Paulo André foi quem se mostrou mais desorientado e degastado e não conseguiu acompanhar a descida dos atacantes.

A decisão do Grupo 3 ficou para a última rodada. Na próxima terça-feira (21), o Cruzeiro recebe o Universitário Sucre no Mineirão e precisa vencer para garantir vaga nas oitavas de final sem depender do resultado do outro duelo da chave. No mesmo dia, o Huracán visita o Mineros de Guayana e pode avançar em caso de vitória ou empate, dependendo do resultado do duelo brasileiro contra o time peruano.

futebol, libertadores, Cruzeiro, Huracán

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