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Chegou à Rússia recentemente uma delegação da província de Misiones, na Argentina, dirigida pelo subsecretário de Ciência e Tecnologia da região, Carlos Galian, com o objetivo de conseguir sócios para desenvolver projetos no âmbito das biotecnologias. Os argentinos negociam com possíveis investidores russos no encontro do Comitê Nacional para a Cooperação Econômica com os Países da América Latina, que acontece na Câmara de Indústria e Comércio da Federação Russa, em Moscou.
Segundo o vice-presidente da organização, Gueorgui Petrov, a Argentina é um dos parceiros mais antigos e importantes que a Rússia tem na América Latina, ainda que no momento o potencial da colaboração entre os dois países se encontre pouco explorado em muitos aspectos. Em 2011, o comércio bilateral cresceu mais de 66%, atingindo a marca de US$ 1,8 bilhões. No ano seguinte, porém, sofreu uma queda de 16%, principalmente devido à redução da venda de fertilizantes e derivados do petróleo, principais produtos exportados pelos russos.
No que diz respeito à Argentina, e mais precisamente à provincia das Misiones, sua exportação se limita a produtos alimentícios e ao tabaco, sendo também a maior fabricante e grande fornecedora de erva mate não apenas para a Rússia mas para diversos países. Outro recurso importante na região é a madeira. Para esse setor, a delegação liderada por Carlos Galian está procurando sócios.
Em Misiones, está localizado um parque tecnológico que se dedica ao desenvolvimento de tecnologias inovadoras para uma economia verde. Na atualidade, a atividade dos cientistas e empresários locais se concentra em encontrar as mais modernas e inovadoras ferramentas de produção para os biocombustíveis, conseguidos a partir do processamento dos restos de madeiras, ainda que os argentinos mostrem uma grande preocupação com o aumento da eficiência de matérias-primas vegetais.
De acordo com Galian, o sonho de criar e desenvolver uma economia verde, assim como o de obter energia a partir de fontes renováveis, não pode ser atingido sem o apoio de parceiros internacionais. É por esse motivo que ele está na Rússia. Não apenas em busca de capital, mas também em busca de colaboradores interessados no desenvolvimento de projetos científicos conjuntos.