Roménia vs. Argentina. Um duelo que fica na memória

A história começou em 1974 com um triunfo da Argentina por 2-1 em Buenos Aires num encontro particular. Quatro anos depois, precisamente no mesmo local e nas mesmas condições, os argentinos voltaram a ser mais fortes (2-0). Subitamente, o duelo passou a ser tradição em anos de mundiais e em 1982 os sul-americanos voltaram a vencer (1-0), mas em Rosario. Depois, quando passou a ser a sério, a Roménia entrou em acção. Depois do empate em Nápoles (1-1) na fase de grupos em 1990, um triunfo nos oitavos-de-final de 1994, num dos melhores jogos da história. Ontem, vinte anos depois, a feijões, nenhuma das equipas conseguiu marcar

1994. O jogo que inspirou gerações e fez chorar Maradona

Sem a principal vedeta, os argentinos não resistiram ao perfume de Hagi e à eficácia de Dumitrescu. É um dos jogos mais memoráveis

Landon Donovan tinha 12 anos em 1994 e era um dos 90469 espectadores do Roménia-Argentina, a contar para os oitavos-de-final do Mundial dos Estados Unidos desse ano. Diego Maradona era outro, mas já lá vamos. Conta o norte-americano, em 2010: “Depois de ver esse jogo no Rose Bowl [Los Angeles], houve um sonho que nasceu em mim. Esse sonho era emular os meus heróis no maior palco do mundo. Cinco anos depois, tive a oportunidade de disputar o Mundial sub-17. Tal como eu, muitos dos meus colegas tinham sido inspirados pelo que acontecera em 1994.”
A fase final desse Mundial pertence aos apaixonados. Os finalistas – Brasil e Itália – podem não ter ficado conhecidos pelo futebol espectáculo, mas numa segunda linha ninguém esquece o brilho levado para o relvado por selecções como Suécia, Bulgária e... Roménia. A 3 de Julho de 1994, o país dos Cárpatos e a Argentina disputaram um lugar nos quartos-de-final. Os argentinos tinham a fama, mas Maradona tinha sido afastado por doping ainda na fase de grupos. Ainda assim, o astro das Pampas fez questão de ir ao estádio para motivar os colegas.
Os romenos não precisaram de motivação e tiveram uma das melhores exibições de que há memória num grande palco. Aos 11 minutos, Ilie Dumitrescu abriu as hostilidades com um livre directo junto à quina da área do lado esquerdo.

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