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Se tudo der certo, o argentino será o principal nome do Verdão também em 2014
Alex Sabino
alex.sabino@diariosp.com.br
Luciano Ribeiro
luciano.ribeiro@diariosp.com.br
Além da proposta financeira, Arnaldo Tirone levou para Buenos Aires, debaixo do braço, um projeto de marketing para Juan Román Riquelme. Montado por Rodrigo Geammal, diretor do departamento, foi apresentado como arma para convencê-lo a vestir a camisa do Palmeiras.
“Eu não posso dar detalhes, até porque o jogador não está contratado. Porém, evidentemente, um atleta com o peso e a imagem do Riquelme dá visibilidade maior, até internacional, para o Palmeiras”, explicou Rodrigo, dizendo que as metas contemplam ganhos para o clube e também para o camisa 10.
O DIÁRIO apurou com outros diretores que, se tudo der certo, o argentino será o principal nome do Verdão também em 2014, ano do centenário alviverde. Já existe a ideia de que, na ocasião, o gringo use a camisa 100. Estima-se um crescimento na venda do uniforme com o nome Román às costas — ele é chamado assim no Boca Juniors, onde desfruta do status de ídolo.
Geammal não aceita passar detalhes, também porque o projeto foi repassado ao COF (Conselho de Orientação e Fiscalização). Os integrantes do órgão são reticentes em relação ao gasto envolvido na transação. Alberto Strufaldi, presidente do COF, ameaça o presidente Arnaldo Tirone de punição se ele fechar negócio sem o aval do conselho. O dirigente concordou em submeter ao órgão todas as possíveis contratações.
A diretoria fechou acordo verbal com o atleta por R$ 420 mil mensais, a ser sacramentado amanhã. Advogados de Palmeiras e Riquelme trabalham nos contratos, segundo Tirone.
“Não é algo fácil. É preciso mudar vários detalhes até o acordo. Por isso, falei que estava só 50% fechado”, explicou.
veloz/ É uma corrida contra o tempo. O mandato da atual diretoria acaba amanhã, quando acontece a eleição presidencial.
Antes de embarcar rumo à Argentina, Tirone conversou com Paulo Nobre e Décio Perin, candidatos a substituí-lo. Explicou, sem entrar em detalhes, os termos da oferta que seria realizada. Ouviu respostas reticentes. Se a definição do negócio ficar para terça-feira, o vencedor não se comprometeu a ratificar o que ficar acordado.
“Se houver acerto até segunda-feira (amanhã), sou o presidente e vou assinar o contrato”, jurou Tirone. Será o último ato dele no comando do clube.