MARIANA CARNEIRO
BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - A comunidade judaica na Argentina fez um evento nesta quinta (19) para lembrar os 23 anos do atentado à embaixada de Israel, que deixou 22 pessoas e feriu mais de 240 em 1992.
Em discurso no evento, o ministro da Agricultura de Israel aproveitou para homenagear o promotor Alberto Nisman, que apareceu morto há dois meses em um caso ainda sem solução.
"Nisman pagou com a sua vida na busca pela verdade", disse Yair Shamir, para quem o Irã patrocinou os ataques contra os judeus na Argentina.
Nisman investigava outro atentado contra a comunidade judaica no país.
Em 1994, um carro-bomba explodiu o edifício da Amia, associação que desenvolve projetos ligados à educação e à cultura. O promotor acusava a presidente Cristina Kirchner e aliados de tentar encobrir suspeitos iranianos em troca de vantagens comerciais.
Cristina não participou do evento nesta quinta dizendo que já havia lembrado a data em uma reunião com familiares das vítimas, no último dia 17 -dia exato do aniversário do atentado— e que sairia em viagem ao sul do país.