Possível candidatura de Cristina ao Parlasul gera polêmica na …

2/12/2014 às 16h04

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EFE

Buenos Aires, 2 dez (EFE).- O respaldo de políticos governistas a uma possível candidatura da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, ao parlamento do Mercosul (Parlasul) gerou polêmica no país na véspera do debate em comissão parlamentar de um projeto que contempla imunidade aos legisladores eleitos.
O governador da província de Buenos Aires, Daniel Scioli, um dos favoritos nas enquetes para as eleições presidenciais de 2015, destacou nesta terça-feira que "seria positivo para a Argentina" que a atual presidente obtivesse uma das 43 cadeiras nacionais no Parlasul, embora tenha considerado que Cristina "avaliará chegado o momento" caso apresente.
Scioli ressaltou, em declarações a uma emissora local, que a experiência da presidente argentina "não pode ser desperdiçada" e que "é preciso projetá-la ao futuro" ao ser consultado sobre sua possível candidatura, que não foi confirmada de forma oficial.
A oposição critica que a possível escolha de Cristina como parlamentar do Mercosul a protegeria contra ações judiciais caso fosse aprovado o projeto de reforma do Código Eleitoral proposto por deputados kirchneristas.
"Rejeitamos a cláusula que confere imunidade aos legisladores do Parlasul", disse à Agência Efe o deputado Pablo Tonelli, do Proposta Republicana (Pró), que apoiou os demais artigos da iniciativa governista.
Tonelli ressaltou que o Parlasul regulou que seus legisladores gozarão de imunidade de opinião e, em sua opinião, "não corresponde fazer extensivas as imunidades que têm hoje os deputados e senadores nacionais aos parlamentares do Mercosul.
O projeto de lei governista prevê um sistema de eleição misto, com um legislador votado por cada um dos 24 distritos eleitorais da Argentina e outros 19 escolhidos em todo o país. A iniciativa será debatida amanhã na Comissão de Assuntos Constitucionais da Câmara dos Deputados junto a outros projetos opositores que não preveem a imunidade dos parlamentares eleitos.
Cristina Kirchner, presidente da Argentina desde 2007, está vetada por lei se apresentar a uma segunda reeleição no pleito do outubro próximo. EFE
mcg/cdr

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