A Polícia Federal em Pernambuco divulgou, nesta sexta-feira, a repatriação de um camaronês que desembarcou no dia seis de outubro deste ano no porto de Suape. Onobo Happy Wilfred, de 31 anos, natural de Yaounde, foi encontrado no dia 26 de junho a bordo do navio graneleiro de bandeira panamenha MV Bulk Patagonia, que transportava cimento para Suape.
De acordo com as investigações, no dia 19 de junho, o estrangeiro entrou no navio clandestinamente pelas cordas que prendem a embarcação ao cais, no Porto de Duala-República dos Camarões. O homem só foi encontrado por tripulantes quando o navio navegava próximo ao Porto de San Lorenzo, na Argentina. Ele estava escondido no compartimento de cabos de aço do guindaste do navio.
A legislação orienta que qualquer estrangeiro clandestino à bordo de qualquer navio ou embarcação deve ser deixado no próximo porto em que a embarcação atracar. No entanto, foi negado o pedido de desembarque para fins de repatriação na Argentina (18/07/2014), Argélia (04/08/2014) e na Espanha (05/09/2014).
Enquanto isso, Ondobo ficou hospedado em uma cabine sob fiscalização dos tripulantes do navio, recebendo três refeições diárias. Desde o dia em que foi entregue as autoridades de imigração federal, os responsáveis pela embarcação no navio tiveram que arcar com todas as despesas de hospedagem e alimentação no Recif, entre os dias seis e 21 de outubro, até que a Polícia Federal procedesse as formalizações legais junto aos órgãos competentes para que a repatriação fosse autorizada.
Além disso, todas as despesas com passagens aéreas e diárias dos policiais federais também são custeados pelos empresa responsável pelo navio.
A repatriação foi realizada no dia 21de outubro, quando o estrangeiro e três policiais federais embarcaram no Aeroporto Internacional dos Guararapes até Douala na República dos Camarões. Eçes têm previsão de chegada ao Aeroporto de Duala para o dia 24 e os policias devem retornar ao Brasil no dia 26.
Segundo a PF, o estrangeiro seria contumaz neste tipo de prática . Ppr duas vezes foi repatriado pela Argentina e por três vezes pelo Brasil. No depoimento, ele disse que tinha a intenção de desembarcar em portos europeus para tentar melhores condições de vida financeira e conseguir trabalho. Ele também informou que vive fugindo da República dos Camarões depois de ter matado um cachorro e por ser homossexual, o que ocasionaria uma perseguição por parte das pessoas daquele país, fatos que não foram confirmados.