Palmeiras sofre com pancadaria do Tigre e perde no último minuto

O Palmeiras foi valente na Argentina, mas não matou o jogo quando deveria. Com várias chances perdidas - inclusive uma de Kleber, cara a cara com o goleiro e Valdivia ao seu lado, já nos acréscimos -, o time brasileiro acabou sofrendo um belo castigo aos 49 do segundo tempo. O Tigre, para variar, abusou da pancadaria e no fim, acabou se dando bem com um gol, que valeu a vitória por 1 a 0, nesta quarta-feira, no Estádio José Dellagiovana,pela Libertadores.
O Palmeiras voltará ao Brasil com o sentimento de que merecia mais. Vacilou, perdeu...

Com a derrota, o time de Palestra Itália segue com três pontos no Grupo 2. O Libertad (PAR) empatou com o Sporting Cristal (PER) e é o líder com 7. O time peruano é o segundo com quatro.

Primeiro tempo aberto e no zero

O Palmeiras iniciou a partida na dele, como quem não quer nada. Fechado, demorou pelo menos uns 10 minutos para se soltar. Enquanto isso, o Tigre ia apertando com sua maior arma: as bolas altas na área. A cada cruzamento, um susto. Maurício Ramos, Henrique Cia. não achavam nada pelo alto e os argentinos desperdiçaram duas chances claras. Para se ter uma ideia, a primeira bola ganha pelos alviverdes por cima foi só com 36 minutos do segundo tempo. A coisa não ia bem.

O time da casa foi só empolgação. E só isso mesmo. Fraco tecnicamente, o Tigre até colocou velocidade, mas errou passes, bateu bolas tortas no gol e, de vez em quando, mostrou seu cartão de visitas: as pancadas. Apesar de algumas faltas duras, o árbitro não quis ser protagonista. Até apitou (corretamente) em cima dos lances, mas conversou e nada mais.

A saída de bola palmeirense também comprometeu. No abafa, os hermanos apertaram a defesa, que quase entregou, no mínimo, duas vezes com passes terríveis nos pés dos adversários.

As jogadas de ataque, com Vinícius e Wesley aconteram na metade do tempo, mas faltou qualidade no último toque. Kleber, incumbido de fazer os gols dentro da área, sempre recebeu passes ruins.

Apesar do zero no placar, a primeira etapa foi marcada por duas defesas esburacadas, dando espaços para os ataques. No fim das contas, faltou qualidade e capricho para colocar a redonda para dentro. E faltou dos dois lados. Ninguém acertou nada, ninguém comemorou nada.

Caixa de ferramentas aberta e gol no final

A segunda etapa começou com o Verdão um pouco mais aceso em campo. As jogadas pelos lados do campo começaram a surgir efeito e passou a assustar a equipe do Tigre, que, por sua vez, parou, definitivamente de jogar bola. Nos 15 primeiros minutos, até que eles tentaram. Botta, um dos únicos com qualidade para resolver o jogo, foi o mais perigoso. Mas o festival de pancadaria ainda estava por vir...

O primeiro a sofrer de verdade foi Valdivia, apagado no duelo até então. Galmarini deu um carrinho no Mago, que cambaleou, mas não deixou o jogo. E o árbitro? Este não deu nem falta. O banco dos brasileiros não se conformou e foi advertido. Mas não parou por aí...

Em uma bola que não daria em nada na lateral, Leguizamón deu uma chegada suja em Weldinho. Desta vez, Omar Ponce, do Equador, apitou e deu o amarelo. Dali para frente, em todas as divididas, os argentinos vinham por cima. E nada de jogar bola.

Por sua vez, o Palmeiras não entrou na pilha e ficava mais próximo de abrir o placar. Um gol seria quase garantia de vitória. A equipe criou mais chances, mas seguiu errando no último passe.

Charles perdeu uma chance de frente para o gol. Valdivia também errou. Mas Kleber foi o protagonista do pior lance desperdiçado. Em um contra-ataque, já nos acréscimos, o atacante, que ainda não fez nenhum gol pelo Verdão, saiu sozinho cara a cara com o goleiro Cousilla, que fez seu primeiro jogo como titular, e tentou driblar o zagueiro rival duas vezes e acabou interceptado dentro da área. Pior: Kleber tinha Valdivia ao seu lado, sozinho, de frente para a meta adversário. Na saída de campo, Kleber admitiu que foi "displicente".
E o castigo foi ainda pior...

Quando tudo caminhava para o empate, que já seria ruim por conta das circunstâncias do jogo e da falta de qualidade do rival, os hermanos resolveram aprontar. Aos 49 do segundo tempo, Peñalba aproveitou bate e rebate na área para colocar no fundo da rede de Fernando Prass.

O sentimento, no final, é que o Palmeiras merecia mais. Fica para a volta, no dia 2 de abril, no Pacaembu.

Antes disso, o Verdão entrará em campo para enfrentar o São Paulo, no próximo domingo, às 16h, no Morumbi

FICHA TÉCNICA:
TIGRE (ARG) 1 X 0 PALMEIRAS

Local: Estádio José Dellagiovanna, em Victoria (ARG)
Data/Horário: 6/3/2013, às 19h45 (de Brasília)
Árbitro: Omar Ponce (ECU)
Assistentes: Luis Alvarado (ECU) e Carlos Herrera (ECU)
Renda e público: Não disponíveis
Cartões amarelos: Kleber, Vilson (PAL); Leguizamón, Galmarini (TIG)
Cartões vermelhos: Vilson (PAL)
Gols: Peñalba, aos 49'/2ºT (1-0)

TIGRE: Cousilla, Paparatto, Echeverría e Orban; Galmarini, Peñalba, Ferreira, Pérez García (Leguizamón - 12'/2ºT), Rusculleda (Torassa - 29'/2ºT) Botta; Santander (Lucas Janson - 12'/2ºT). Técnico: Nestor Gorosito.

PALMEIRAS: Fernando Prass, Weldinho, Henrique, Maurício Ramos e Marcelo Oliveira; Vilson, Márcio Araújo, Wesley (Patrick Vieira - 30'/2ºT) e Valdivia; Vinícius (Maikon Leite - 16'/2ºT) (Charles - 38'/2ºT) e Kleber. Técnico: Gilson Kleina.

Leave a Reply