Mais uma novidade do LANCE! para você! Começou hoje, a coleção "Países Campeões". Para apresentar esta promoção, convidamos o colunista do L! Roberto Assaf para contar mais sobre a trajetória campeã dos países que integram a coleção. Em edição especial, ‘O Baú do Assaf’ mostra a importância histórica de cada seleção — Alemanha, Itália e Argentina — São camisas destas seleções, que os leitores do L! poderão garantir juntando os selos publicados diariamente.
É muito simples participar: junte os 20 selos numerados que serão publicados ao longo dos próximos dias no LANCE! e + R$ 39,90 você leva um produto editorial exclusivo e a primeira camisa da coleção (Alemanha). Comece hoje a sua coleção!
A promoção teve início ontem, com a publicação da cartela e o primeiro selo para a camisa da Alemanha, mas você ainda pode participar substituindo os selos perdidos pelos curingas que serão publicados. No dia 28/10 será a vez da a Itália, segunda camisa, e no dia 18/11 a camisa da Argentina para completar a coleção.
Em mais uma etapa do resgate da história, o LANCE! começa a partir do hoje uma nova promoção de camisas históricas de grandes seleções, agora com duas campeãs da Europa, a Itália de 1968 e a Alemanha de 1972, e a Argentina que ganhou o Mundial de 1978. As três equipes reuniram craques de valor extraordinário, como Dino Zoff, Giacinto Facchetti, Sandro Mazzola, Gigi Riva, Sepp Maier, Paul Breitner, Franz Beckenbauer, Gerd Müller, Ubaldo Fillol, Daniel Passarella, Osvaldo Ardilles e Mario Kempes. Não é à toa que esses times e jogadores entraram definitivamente para a galeria dos maiorais de todos os tempos.
Itália campeã da Euro-68
O título europeu de 1968 foi de importância para a Itália, que havia sido humilhada na Copa de 1966, na Inglaterra, quando foi eliminada na primeira fase pela modesta Coreia do Norte, com a derrota de 1 a 0, em Middlesbrough. O resultado obrigou a federação a fechar as portas do futebol local aos craques estrangeiros, para incentivar a formação de talentos nas divisões de base dos clubes da primeira e da segunda divisões, visando reforçar, é claro, a seleção nacional.
Quem assumiu a Squadra Azzurra foi o técnico Ferruccio Valcareggi, ex-Fiorentina e Atalanta, tratando de estabelecer uma equipe-base, sem fugir ao modelo tradicional do futebol italiano, conhecido por catenaccio, uma variação das retrancas ainda utilizadas no futebol, com um líbero, dois volantes e contra-ataques fatais. Assim, a Itália passou invicta pela primeira fase da Eurocopa, vencendo Chipre, Romênia e Suíça, e mais tarde a Bulgária, com derrota de 3 a 2 em Sofia e vitória de 2 a 0 em Nápoles, garantindo presença na etapa decisiva, disputada em casa, passando pela União Soviética na semifinal, superando a Iugoslávia nas partidas decisivas, com o 1 a 1 e a vitória de 2 a 0, ambas em Roma.
O time campeão de 1968 teve Zoff, Burgnich, Rosato, Guarneri e Facchetti; Salvadore e De Sisti; Domenghini, Anastasi, Mazzola e Riva. Essa equipe brilharia no Mundial de 1970, no México, onde acabou como segunda colocada, perdendo apenas a finalíssima, para o fabuloso time do Brasil de Gérson, Tostão e Pelé.
Em 72, a vez da Alemanha
A Alemanha campeã da Europa em 1972 foi praticamente a mesma que ganhou o título mundial de 1974. Seu grande comandante fora do campo foi o técnico Helmut Schön, que assumiu a seleção em 1964, substituindo o lendário Sepp Herberger, que levou seu país à conquista de sua primeira Copa, em 1954, na Suíça.
Schön, é inegável, contou com a sorte: assumiu a equipe quando começava a despontar a mais brilhante geração de jogadores do país. Mas também teve méritos: esbanjou personalidade ao rejeitar o "futebol total" que se espalhava pela Europa e mostrou toda a sua habilidade no aproveitamento de craques extraordinários liderados pelo fantástico Franz Beckenbauer, o maior jogador alemão da história. Na Euro de 1972, a Alemanha terminou a fase de classificação invicta, superando Albânia, Polônia e Turquia, e em seguida a Inglaterra, com vitória de 3 a 1 em Wembley e o empate de 0 a 0 em Berlim.
Na etapa decisiva, realizada na Bélgica, venceu a Bélgica por 2 a 1, em Antuérpia, e a União Soviética por 3 a 0, em Bruxelas. A equipe-base era Maier, Höttges, Schwarzenbeck, Wimmer e Breitner; Beckenbauer e Netzer; Hoeness, Heynckes, Müller e Kremers. Com praticamente o mesmo time, como dito, a Alemanha ganhou a Copa do Mundo de 1974 derrotando na decisão a Holanda e seu futebol total por 2 a 1, em Munique.
Primeiro mundial em 1978
A Argentina foi sem dúvida a melhor equipe da Copa do Mundo de 1978, que disputou em casa, apesar do favorecimento flagrante da ditadura que mandava no país. Destacou-se basicamente o treinador da seleção anfitriã, Cesar Luis Menotti, apelidado "El Flaco", que chegou a jogar com Pelé no Santos de 1967.
Ele saiu do anonimato ao conquistar o título argentino pelo Huracan, em 1973. O modesto time de Buenos Aires mostrou, na visão dos dirigentes da AFA, o que estava faltando à seleção: organização dentro e fora do campo e a velha garra que sempre caracterizou o futebol nacional. Menotti ganhou carta branca para iniciar seu trabalho.
Ao assumir a seleção, em outubro de 1974, passou a descartar os mercenários e os que se mostravam pouco interessados em vestir a camisa da seleção. Também responsável pelas divisões de base, estabeleceu um "Estatuto de Seleções Nacionais", superior em hierarquia aos desejos dos clubes, que negavam com freqüência a cessão de seus jogadores, alegando todo o tipo de problema. Dos 22 que haviam disputado a Copa da Alemanha, restaram o goleiro Ubaldo Fillol e os atacantes René "El Loco" Housemann e Mario Kempes.
O time de Menotti possuía, além desses, um punhado de jogadores de bom nível. Se não chegou a praticar o tal "futebol lírico" que o técnico prometia, raras vezes mostrou receio em jogar para frente. Exemplo de exceção é o empate de 0 a 0 com o Brasil. Sorte de Menotti que o colega Cláudio Coutinho também entrou em campo disposto apenas a não perder. "El Flaco", aliás, e como se não bastasse, parecia contar antes de tudo com a proteção divina: quis o destino que o holandês Resembrink chutasse na trave de Fillol, aos 42min do segundo tempo da partida decisiva contra a Holanda, a chamada "bola do jogo". Menotti deve agradecer todos os dias de sua vida à má pontaria do atacante. É provável que os militares jamais tivessem lhe perdoado por esquecer Diego Maradona, caso Resembrink tivesse acertado o alvo. Mas a Argentina venceu por 3 a 1. A equipe-base tinha Fillol, Olguín, Galvan, Passarella e Tarantini; Ardilles, Gallego e Valencia; Housemann, Luque e Kempes.
Menotti cometeu um único pecado, que lhe poderia ter sido fatal: relacionou Diego Armando Maradona entre os 25 jogadores que formaram uma espécie de seleção permanente, a partir de junho de 1977, um ano antes do começo do Mundial. Mas deixou o gênio fora da relação dos 22 craques que disputaram o torneio. Diego tinha apenas 17 anos de idade e o técnico achou melhor "preservá-lo". Deve-se registrar ainda que Menotti conduziu em 1979 - com Maradona no time - a Argentina na conquista do primeiro dos seis Mundiais de Juniores ganhos pelo país.
Então, galera, é isso aí. Em mais uma etapa do resgate da história, o LANCE! começa a partir de hoje uma nova promoção de camisas históricas de grandes seleções, agora com dois campeões da Europa, a Itália de 1968 e a Alemanha de 1972, e a Argentina que ganhou o Mundial de 1978. Mazzola, Riva, Maier, Breitner, Beckenbauer, Müller, Fillol, Passarella, Ardilles e Kempes não perderiam essa. E você, vai dispensar?