Como era esperado, quatro seleções fortes e de muita tradição decidem o título.
A Holanda ocupou o lugar da Espanha. A Costa Rica foi a única zebra do Mundial, pois se classificou em primeiro lugar de seu grupo, em uma chave que tinha Uruguai, Inglaterra e Itália. A partir das oitavas, não houve surpresas, já que a Costa Rica eliminou a Grécia, um adversário inferior.
Argentina e Holanda vão fazer um jogo equilibradíssimo. A Argentina, que começou a Copa muito temida por causa de seu quarteto ofensivo, formado por Messi, Di María, Agüero e Higuaín, tem, agora, apenas Messi e Higuaín. Agüero pode voltar.
Por outro lado, a defesa e o goleiro, tão criticados antes do Mundial, têm jogado bem. Isso dá mais chances ao time de ganhar os jogos por 1 a 0, graças a um lance individual de seu ataque, como ocorreu contra a Suíça e contra a Bélgica. O problema é que, agora, não tem Di María. Fará muita falta.
A Holanda se destacou, até agora, pela variação de sistemas táticos e nas escalações. O técnico Van Gaal é o estrategista do Mundial. A entrada de um goleiro, contra a Costa Rica, no último minuto da prorrogação, só para os pênaltis, no lugar do titular que atuava bem, foi um golpe de mestre. Ele, muito alto, foi decisivo nos pênaltis. Robben continua exuberante, o melhor jogador do Mundial.
Holanda e Argentina devem jogar com muitos cuidados defensivos, para tentar ganhar o jogo no contra-ataque, em um lance de Messi ou de Robben.
A Argentina deve atuar com uma linha de quatro no meio-campo (dois volantes e um meia de cada lado), e a Holanda deve voltar ao esquema contra a Espanha, marcando atrás para contra-atacar.
Amanhã, falo do outro clássico, entre Brasil e Alemanha, sem favorito. Será que o hexa está chegando, como disse a frase prepotente, escrita no ônibus da seleção? Tomara!