Uma fêmea de orangotango que passou os seus 29 anos de vida em jardins zoológicos poderá ser libertado nos próximos dias depois de um juiz decretar que tem os mesmos direitos que uma pessoa.
Os peritos afirmam que a legislação sobre o caso de Sandra – o nome que foi dado à fêmea de orangotango – pode abrir um precedente para milhares de casos semelhantes em toda a Argentina, país onde vive.
Os ativistas pelos direitos dos animais ganharam a liberdade de Sandra com uma petição de habeas corpus, um documento jurídico utilizado para questionar a legalidade de manter pessoas sob custódia. Os ativistas argumentaram que Sandra não pode ser tratada como um objeto aos olhos da lei, mas sim como uma "pessoa não-humana", devido à sua inteligência e forma complexa de pensar.
Um juiz rejeitou a petição mas os ativistas recorreram e ganharam no Tribunal Criminal de Recursos argentino, de acordo com o jornal La Nación. Agora, o zoo tem duas semanas para recorrer ao Supremo Tribunal argentino antes da primata ser transferida para um santuário no Brasil.
Em vias de extinção
Orangotango significa "Homem da floresta" e o primata é geralmente apontado como o parente genético mais próximo dos humanos, a par dos chimpanzés e dos bonobos, partilhando 97% do ADN.
Originários da Malásia e da ilha de Sumatra, os animais de pêlo vermelho estão em vias de extinção. Há cem anos havia registo de 230 mil primatas desta espécie, hoje em dia, o total não chega aos 50 mil.
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