O que os argentinos podem ensinar para a Petrobras

O que os argentinos podem ensinar para a Petrobras

Para os hermanos, não é novidade que a dívida estoure por desvalorizações da moeda local.

A questão é como os diferentes países têm abordado a situação.

No caso argentino, a estatal YPF também tem uma dívida crescente em dólares e um consequente descompasso em seu balanço.

Porém, o jeito de resolver o problema desde a nacionalização da companhia (2012) tem sido muito diferente:

1) Mesmo tendo sofrido interferência política no Conselho, o CEO da YPF é um renomado executivo com experiência internacional em óleo e gás (Schlumberger). Por sua vez, Aldemir Bendine não é propriamente um técnico do setor - pelo contrário, era o homem do governo no Banco do Brasil.

2) No mesmo sentido, o diretor financeiro da YPF foi previamente alguém com uma carreira muito bem-sucedida em um grande banco de investimentos internacional, com experiência em aquisições, captação de dívida, entre outros.

3) O governo interfere nos preços da gasolina e do diesel na Argentina, porém a divisão de logística mantém uma lucratividade (mais ou menos visando a que 30% do lucro venha dela). A ideia é manter aumentos em linha com a inflação ou se aproximando da paridade de importação. O país também é importador líquido de combustíveis, como o Brasil, mas o governo tem aproveitado a queda dos preços do petróleo em níveis internacionais para ir desfazendo os subsídios.

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