Nem uma menos. É esse o slogan que está a unir mulheres pela América Latina para se manifestarem, esta quarta-feira, contra as agressões e assassinatos de mulheres às mãos dos homens das suas vidas. A hashtag cada vez mais usada #NiUnaMenos centraliza os protestos, e já foi usada até pela presidente da Argentina, Cristina Kirchner.
A criação do movimento terá a sua raiz na Argentina, e na indignação que se seguiu ao assassínio de uma rapariga de 14 anos grávida às mãos do namorado de 16. No entanto, o problema da violência contra as mulheres está enraizado: de acordo com organizações de direitos humanos, a cada 30 horas uma mulher é morta como resultado de violência de género, afirma o El Mundo.
Sob a insígnia #NiUnaMenos, espera-se que milhares de pessoas se manifestem esta quarta-feira em mais de 80 cidades, não só na Argentina mas também no Uruguai, no México e no Chile. Na Argentina, uma das principais reivindicações é que se comece a aplicar a Lei de Proteção Integral contra a Violência contra as Mulheres, sancionada em 2009, mas que ainda não teve aplicação prática.
Cristina Kirchner, presidente da Argentina, também fez várias publicações no Twitter em apoio das manifestações.