Na berlinda

PARANÁ, ARGENTINA. A presidente Dilma Rousseff citou o porto de Mariel, em Cuba, financiado com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), pouco antes de embarcar de volta da Argentina para o Brasil.


“Fico muito feliz com o acordo entre os Estados Unidos e Cuba porque toda a política do governo brasileiro até agora tem sido enfatizar, e não só do ponto de vista retórico, mas com ações concretas, a forma pela qual Cuba tem de ser integrada. Algo que foi tão criticado durante a campanha, o porto de Mariel mostra hoje mesmo a sua importância para toda a região. E para o Brasil principalmente, na medida em que hoje o porto é estratégico pela sua proximidade com os Estados Unidos”, afirmou Dilma, na porta do carro oficial que a levou para a base aérea de Paraná.

O tema “porto de Mariel” foi uma das principais críticas feitas pela oposição durante a campanha presidencial, vencida por Dilma no segundo turno por margem estreita de votos. Liderados pelo tucano Aécio Neves (PSDB-MG), os oposicionistas criticaram a decisão do governo federal petista de usar recursos subsidiados do BNDES para financiar a construção de um porto em Cuba, comandado há quase 56 anos pelos irmãos Fidel e Raúl Castro. “Eu achei fantástica essa retomada das relações entre os Estados Unidos e Cuba. Acredito que isso é um marco das relações da nossa região”, completou Dilma.

Dilma, ao receber a presidência temporária do Mercosul, afirmou: “Nós, lutadores sociais, imaginamos que nunca haveria esse momento de reinício das relações entre EUA e Cuba. Acredito que isso é um marco nas nossas relações da nossa região, mas sobretudo no mundo”.

Leave a Reply