Mundial de rúgbi chega à reta decisiva
A Copa do Mundo de rúgbi, um dos eventos esportivos mais importantes do planeta, entra hoje na sua reta decisiva. Após uma primeira fase cheia de emoções e algumas surpresas, apenas oito seleções permanecem na disputa pelo Troféu William Webb Ellis – nome dado ao suposto inventor do rúgbi. As quartas de final começam neste sábado com África do Sul x País de Gales (às 12h, pelo horário de Brasília) e Nova Zelândia x França (16h). Amanhã, mais duas partidas: Irlanda x Argentina (10h) e Austrália x Escócia (13h).
O mata-mata colocará frente à frente as principais forças desse esporte, pois reúnem quatro equipes participantes do Six Nations e quatro do The Rugby Championship. As campeãs Nova Zelândia (1987 e 2011), Austrália (1991 e 1999) e África do Sul (1995 e 2007) brigam pelo tricampeonato mundial. Já País de Gales, França, Irlanda, Argentina e Escócia sonham com o título inédito nesta oitava edição do torneio.
Para o jauense Virgílio Franceschi Neto, 33 anos, comentarista de rúgbi dos canais ESPN, o confronto mais equilibrado das quartas de final será entre irlandeses e argentinos. “Acho que vai dar Irlanda. Mas o que eu quero é que dê Argentina”, afirma sobre sua torcida para que o rúgbi sul-americano avance às semifinais. Nos demais confrontos, Franceschi Neto acredita que África do Sul, Nova Zelândia e Austrália devem se classificar às semifinais da Copa.
Os australianos, conhecidos como os Wallabies, também são apontados pelo especialista como os favoritos ao título na Inglaterra. Para ele, os prováveis adversários na grande decisão serão os neozelandeses, cujo apelido são All Blacks (aqueles do famoso haka). “A Austrália está jogando sem pressão. Está sendo divertido assisti-los. Um time rápido, veloz e forte”, enumera Franceschi Neto.
Esporte global
O jauense esteve presente na abertura desta Copa do Mundo de rúgbi, no duelo entre Inglaterra x Ilhas Fiji (35-11) e depois assistiu a Nova Zelândia x Argentina (26-16). Também teve a oportunidade de ver eventos alusivos ao Mundial, como uma partida entre veteranos da Guerra das Malvinas (1982), que opôs ingleses e argentinos. Assim como naquela guerra, os súditos da Rainha venceram este confronto promovido pela ONG Rúgbi sem Fronteiras.
Mas apesar de todo o incentivo do público, os ingleses não passaram da primeira fase, o que foi frustrante para os donos da casa, que cogitam até trocar de treinador. Além disso, Franceschi Neto conta que o desempenho de nações do Oceano Pacífico como Samoa, Ilhas Fiji e Tonga ficaram abaixo das expectativas.
E o que falar ainda da vitória do Japão sobre a África do Sul (34-32), que é considerada por muitos analistas como uma das maiores zebras da história do esporte. “O Japão não passou de fase, mas fez uma campanha inesquecível”, explica o comentarista da ESPN.
O time do País do Sol Nascente terá tudo para continuar fazendo bonito com a bola oval. A próxima edição da Copa do Mundo, em 2019, será em terras nipônicas. “A Copa do Mundo no Japão deve consolidar o rúgbi como um esporte global. Talvez em 2023 ou mesmo em 2027 o campeão seja algum time que não tenha o inglês como sua língua oficial”, projeta Franceschi Neto. A seleção brasileira de rúgbi, segundo ele, também começa a traçar metas para figurar nos próximos Mundiais.
Galeria de imagens:(Clique para ampliar)
Open all references in tabs: [1 - 4]