África. A FIFA (ou melhor, o presidente Sepp Blatter) tem a ideia fixa de fazer um Mundial no continente negro, e para tal só aceita candidaturas africanas. A da África do Sul é mais vistosa, ao lado das de Marrocos e Egipto. Com 14-10-0 em votos, Nelson Mandela consegue mais um feito histórico na sua carreira e ergue a taça do mundo em jeito de celebração.
Das 208 equipas filiadas na FIFA, 204 entram na fase de qualificação, incluindo a campeã do mundo (Itália). No total, 32 viajam para a África do Sul e só uma levantará a taça. Há muitos favoritos, mas nenhum deles é apoiado pelo polvo Paul. Pescado por uma alemã na Ilha de Elba em Itália em Janeiro de 2008, o molusco é a grande figura do aquário marinho de Oberhausen, na Alemanha, onde ganha protagonismo inusitado por prever correctamente os resultados da Alemanha.
No Euro-2008, acerta quatro prognósticos e erra dois (Croácia na fase de grupos e Espanha na final). No Mundial-2010, a sua eficácia é tremenda: oito em oito. Antes dos jogos, Paul é colocado perante duas caixas com mexilhões, o seu alimento: uma com a bandeira alemã, outra com a bandeira do adversário. A caixa escolhida para se alimentar é interpretada como o vencedor do jogo.
Quando Paul prevê a vitória sobre a Inglaterra, nos oitavos-de-final, ninguém imagina um espectacular 4-1. O mesmo acontece na ronda seguinte, com a Argentina (4-0). Quando Paul escolhe a Espanha, aí o caldo está entornado. Um golo de Puyol dá razão ao polvo, que também acerta na vitória espanhola sobre a Holanda em Joanesburgo - só não diz que o golo é de Iniesta, no prolongamento.
Vuvuzelas. Isso mesmo, continuamos com histórias laterais ao Mundial. É uma espécie de corneta com um metro de comprimento que ganha exposição mediática na Taça das Confederações-2009. A maior parte dos jogadores queixam-se, mas o que se pode fazer? Também os guarda-redes dizem mal da bola (Jabulani) e a FIFA nada faz. Aqui o caso é ligeiramente diferente porque a FIFA está do lado dos jogadores, entre eles Evra, Tevez e Ronaldo.