As declarações foram dadas durante inauguração de uma fábrica dessulfurizadora construída no Uruguai por uma empresa argentina e ressalta a importância que ambos têm para o desenvolvimento dos países.
O mandatário uruguaio admitiu que “não é simples, porque as pátrias estão criadas” e considerou que os conflitos são inevitáveis pela história e pelas lutas de interesses. “Mas os conflitos são negociáveis”, assegurou o mandatário uruguaio.
Para a mandatária argentina, “a mostra mais cabal” da integração entre os dois países é a planta inaugurada na terça-feira (27), de um custo de 360 milhões de dólares e considerada pelo governo uruguaio a maior obra meio ambiental na história do país. A dessulfurizadora foi construída pela argentina AESA, empresa da YPF, e cujo pessoal trabalhará durante um ano em sua operação.
“Nunca mais permitamos que nos importemos com conflitos e ideias que nos são alheios e que não têm nada a ver com nossa história e fundamentalmente com nossos interesses”, assegurou Cristina, que defendeu uma integração física, turística e “definitiva”, em referência à migração entre os países.
A irmandade entre os dois países também foi defendida pelos presidentes da petroleira estatal uruguaia Ancap, Raúl Sendic, e da argentina YPF, Miguel Galluccio.
“Vocês poderão imaginar a enorme quantidade de brigas, de disputas” que implicou a construção da planta, disse Sendic, destacando que puderam ser resolvido em um clima de “irmandade”.
Nesse clima, as duas empresas assinaram na terça-feira (27) um memorando de entendimento para formar uma equipe de trabalho que analise variáveis a serem levadas em conta em futuros acordos para o fornecimento de gás à Argentina, quando seja instalado no Uruguai-em 2015- um terminal de gás natural na costa de Montevidéu.
O coordenador da central sindical uruguaia Pit-Cnt, Marcelo Abdala, pediu na terça-feira (27) que Kirchner aprofunde a integração entre os dois países, indicando que quando há dificuldades comerciais entre ambos, se fortalecem a direita e o capital financeiro.
“Para o movimento operário uruguaio, para o povo uruguaio não há outra visão para o desenvolvimento que não seja a integração profunda da América Latina”, disse Abdala durante o ato.
Abdala defendeu que minutos antes fossem entregues as chaves da cidade de Montevidéu a Kirchner, o que foi questionado nos últimos dias pela oposição política uruguaia, que acusou a mandatária de ter prejudicado o Uruguai com decisões adotadas durante seu governo, como as restrições às importações.
Com Infolatam