A mortalidade por todos os tipos de cancro está a cair em nove países do continente Americano, incluindo Brasil, EUA e Venezuela, informou a Organização Pan-Americana da Saúde (OPS) esta terça-feira, avança a AFP.
As mortes pela doença reduziram no Brasil, Argentina, Canadá, Chile, EUA, México, Nicarágua, Paraguai e Venezuela, destacou a OPS, num comunicado sobre o relatório "Cancro nas Américas: perfis de país 2013".
Ainda assim, o cancro mantém-se como a segunda causa de morte no continente – atrás das doenças cardiovasculares – com 1,3 milhões de óbitos ao ano, acrescentou a OPS, escritório regional da Organização Mundial de Saúde (OMS), com sede em Washington.
Apresentado esta semana no V Congresso Internacional de Controlo de Cancro em Lima, com base em dados fornecidos à OPS pelos seus países-membros, o relatório descreve um panorama heterogéneo.
Metade das mortes por cancro na região acontece em países da América Latina e do Caribe. Entre esses países, estão as taxas mais altas (Trinidad y Tobago, Cuba e Argentina), mas também as mais baixas (México, Nicarágua e El Salvador).
Em geral, o cancro da próstata é a modalidade que mais mata homens e o cancro da mama o que mais atinge as mulheres. Na América Central e na região andina, porém, o cancro do estômago é o que mais afecta ambos os sexos. Já nos EUA e no Canadá, a principal causa de morte por cancro é o do pulmão.
Devido às taxas elevadas de cancro da próstata e do pulmão, a doença costuma matar mais os homens, à excepção de El Salvador e Nicarágua, onde são numerosos os casos de cancro do colo uterino e do estômago nas mulheres, segundo a OPS.
"O alto número de mortes por cancro da mama e colo do útero na América Latina e nas Caraíbas é muito preocupante, sobretudo, porque o cancro cérvico-uterino é amplamente passível de prevenção, e o cancro da mama pode ser detectado no estágio inicial e ser tratado de maneira bem-sucedida”, disse a assessora em Prevenção e Controle de Cancro da OPS/OMS, Silvana Luciani, citada no documento.
A informação da OPS revela ainda deficiências na atenção pública da doença, à excepção do Canadá e EUA.
Menos de um terço dos países cumpre os padrões internacionais mínimos de equipamentos de radioterapia e, na grande maioria, o acesso aos medicamentos, revelou o estudo.