Mistério em torno da morte de João Goulart é tema do filme de Paulo Henrique Fontenelle. Foto: Canal Brasil/Divulgação
A causa da morte do ex-presidente João Goulart, deposto pelos militares, sempre foi envolta em suspeitas. Oficialmente, Jango morreu de infarto em 1976, no exílio na Argentina, mas há suspeitas de assassinato orquestrado pela ditadura militar. É essa a discussão levantada pelo documentário Dossiê Jango, de Paulo Henrique Fontenelle.
Foram reunidos depoimentos de Carlos Heitor Cony, Flávio Tavares, Ferreira Gullar e Geneton Moraes Neto para montar o quebra-cabeça sobre a trajetória do político gaúcho. Também foram entrevistados o filho do ex-presidente, João Vicente Goulart, e a viúva, Maria Thereza Goulart, sobre os últimos anos de vida do homem público.
Nos três anos de filmagens e pesquisas, a produção teve acesso a documentos inéditos da polícia uruguaia que reforçam a versão do ex-agente do serviço de inteligência do Uruguai Mario Neira Barreiro. Preso no Rio Grande do Sul, Barreiro entregou detalhes da operação de assassinato de Jango. A raiz do projeto vai virar filme de ficção, dirigido por Roberto Farias, ainda em produção.
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