Minas dá o troco em alto estilo

Alexandre Guzanshe/EM/D.A PressJogadores tiveram o apoio da torcida, que encheu o ginásio da Rua da Bahia e empurrou a equipeUma vitória maiúscula, com jeito de vingança, pela eliminação nas semifinais da Superliga Nacional Masculina de Vôlei. Esse foi o sabor sentido pelos torcedores e jogadores do Minas, na vitória sobre o Rio de Janeiro, atual campeão brasileiro, por 3 a 0 (27-25, 25-17 e 25-20), na Arena JK, resultado que colocou a equipe mineira na final do Campeonato Sul-Americano Interclubes Masculino e mantém a chance do tetracampeonato continental, além de que Minas Gerais teria o campeão pelo segundo ano consecutivo, já que o Cruzeiro levantou a taça no ano passado. O adversário da final, que acontece hoje, às 19h, será o UPCN, da Argentina, que derrotou o Club Buenos Aires Unidos, rival da final nacional daquele país, por 3 a 1 (25/23, 26/24, 21/25 e 25/19).

Além disso, abre a chance de que a tão sonhada final entre dois times do estado num torneio de grande porte possa acontecer no Mineirinho, em outubro, já que o Mundial foi confirmado para a cidade ontem. Foi uma tarde de surpresas agradáveis. Primeiro veio o susto na véspera, quando o Club Buenos Aires Unidos derrotou o Rio por 3 a 1 e colocou as duas equipes brasileiras em rota de colisão numa das semifinais, na outra, a disputa entre argentinos.

E quando se trata de um confronto entre Minas e Rio, o temor está estampado no rosto do torcedor mineiro. Não por medo, mas porque entende do esporte e sabe que é um jogo de alto nível. Mas veio a partida e, aos poucos, o Minas foi tomando conta. Coincidentemente, o primeiro set decisivo, assim como nos três últimos confrontos entre os dois.

Nas quatro disputas, quem conseguiu essa vantagem ganhou. Ontem não foi diferente. “O Rio teve chance de matar o primeiro set. Mas não conseguimos manter a paciência. Entramos num buraco e não soubemos sair dele”, frisou o ponteiro Dante, depois do jogo. A partir do segundo set, o Minas ditou o ritmo, como disse o técnico do Rio, Marcelo Fronckowiak. “O resultado foi a diferença de nível de preparação. Estávamos numa retomada, depois da final da Superliga, enquanto o Minas seguiu treinando.” Ele chegou a reclamar da arbitragem, mas no final admitiu: “Não foi isso o que definiu o placar. O Minas mereceu.”

O oposto Filip, do Minas, o segundo maior pontuador, com 22 pontos – o primeiro foi o oposto Theo, do Rio, com 26 – , disse que “é importante ficar na frente”. Para ele, quem se concentrou mais venceu. “Nosso time teve mais coração. Jogamos, sempre, juntos. Somos guerreiros. E temos de repetir isso contra os argentinos.” Horacio Dileo, técnico do Minas, estava contente. “Quando cheguei, me propus montar um time que tinha cara, identidade, humildade, inteligência, personalidade. Por termos tudo isso chegamos a essa final hoje.” Sobre os adversários, diz que são times perigosos. “Os times argentinos são equilibrados, bem dirigidos, com bons jogadores.”

Minas: Marcelinho, Filip, Maurício, Otávio, Lucarelli, Quiroga e Lukinha (líbero), depois Lucas Loh e Evandro. Técnico: Horacio Dileo. Rio: Bruno, Theo, Lucão, Riad, Thiago Alves, Dante e Mário Jr (líbero), depois Da Silva, Manius, Guilherme e Athos. Técnico: Marcelo Fronckowiak.

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