Milho: Mercado exibe ligeiras quedas nesta 4ª feira e caminha para …

As cotações futuras do milho iniciaram o pregão desta quarta-feira (10) do lado negativo da tabela na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal exibiam quedas entre 0,75 e 1,00 pontos, por volta das 7h46 (horário de Brasília) e caminha para consolidar o 3º dia consecutivo de perdas. O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,60 por bushel, já o maio/16 era negociado a US$ 3,65 por bushel.

Ainda ontem, as cotações da commodity perderam entre 1 e 1,25 pontos, grande parte influência do mau humor do mercado financeiro. Já o boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), divulgado nesta terça-feira, não trouxe mudanças significativas. No caso dos EUA, os estoques registraram leve revisão para cima e subiram de 45,77 milhões para 46,66 milhões de toneladas. O milho destinado à produção de etanol também subiu e passou de 132,09 milhões para 132,72 milhões de toneladas.

Em contrapartida, as exportações americanas caíram de 43,18 milhões de toneladas, projetadas no relatório anterior, para 41,91 milhões de toneladas no ciclo 2015/16. Para o Brasil, o órgão estimou a safra em 84 milhões de toneladas, contra as 81,5 milhões de toneladas estimadas em janeiro. Os argentinos deverão colher 27 milhões de toneladas do grão nesta temporada. No boletim anterior, a produção foi projetada em 25,6 milhões de toneladas.

Diante desse cenário, os participantes do mercado ainda observam a evolução da safra na América do Sul, especialmente na Argentina, onde ainda há especulações em relação ao clima. Também é esperada a definição da área que será cultivada com o cereal na próxima safra norte-americana.

Confira como fechou o mercado nesta terça-feira:

Milho: Com USDA morno e financeiro negativo, mercado fecha em queda nesta 3ª em Chicago

Por Carla Mendes

Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago fecharam a terça-feira (9) em baixa. O mercado internacional do grão registrou um novo dia de estabilidade e nem mesmo a chegada de novos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em seu novo reporte mensal de oferta e demanda foram suficientes para renovar o fôlego dos negócios. 

Os vencimentos mais negociados encerraram o dia perdendo entre 1 e 1,25 ponto e durante todo a sessão com oscilações bem tímidas como esta e em baixa. Assim, o contrato março/16 fechou cotado a US$ 3,61 por bushel, enquanto o setembro/16 foi a US$ 3,76. 

Para o grão, as mudanças trazidas pelo USDA foram mais expressivas no cenário da América do Sul, onde foram revisadas para cima tanto a safra do Brasil como da Argentina. 

A produção brasileira foi elevada de 81,5 milhões para 84 milhões de toneladas, enquanto as exportações da safra 2015/16 passaram de 25,5 milhões para 28 milhões de toneladas, e os estoques finais, acompanharam, passando de 7,67 milhões para 8,17 milhões de toneladas de janeiro a fevereiro. A produção da Argentina também subiu e é agora estimada pelo USDA em 27 milhões de toneladas, contra 25,6 milhões do reporte anterior. Os estoques finais e as exportações também subiram ficando em, respectivamente, 1,32 milhões e 17 milhões de toneladas.

Já para os EUA, mudanças mais sutis. Os estoques finais norte-americanos foram corrigidos para cima e passaram a ser estimados em 46,66 milhões de toneladas, contra as 45,77 milhões de toneladas projetadas em janeiro. O uso do cereal para a produção de etanol, por outro lado, subiu e passou de 132,09 milhões para 132,72 milhões de toneladas. Já as exportações foram revisadas para baixo, caindo de 43,18 milhões para 41,91 milhões de toneladas na temporada 2015/16. 

Ainda assim, pouco efeito. "O mercado de grãos em Chicago pouco se movimentaram depois dos números do USDA, com a soja e o milho, e também o trigo, mantendo as pequenas baixas antes e depois do boletim", disse o editor sênior do portal internacional Farm Futures, Bob Burgdorfer. 

E embora o dia tivesse as atenções dos traders e investidores voltadas todas para o novo boletim do USDA, o mercado ainda sentiu, mais uma vez, a pressão vinda do mau humor do mercado financeiro. E assim, como explicam os analistas, cresce o sentimento de aversão ao risco entre os investidores, que buscam ativos mais seguros e deixam suas posições naqueles que serão mais arriscado, como as commodities agrícolas. 

Nesta terça, as ações europeias voltaram a recuar e bateram no menor nível em mais de dois anos na sétima sessão consecutiva de quedas. Os grandes bancos internacionais estão na mira dos investidores e, portanto, gerando muita preocupação. "O índice teve a sétima queda seguida, a pior perda semanal desde 1998, com investidores preocupados com a ameaça à lucratividade dos bancos e força do capital de margens comprimida por taxas de juros", como noticiou a agência Reuters. 

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