A melhor resposta depois de um revés traumático? Uma goleada. Foi assim que a Argentina derrubou qualquer questionamento sobre a atual geração, derrotada pelo Chile recentemente na final da Copa América. Na noite desta sexta-feira, com show de Kun Aguero, a equipe comandada por Gerardo Martino massacrou a Bolívia pelo placar de 7 a 0, em amistoso disputado em Houston, no Texas.
O vice-campeonato no Chile gerou um princípio de crise existencial na atual geração alviceleste. Aguero, um dos mais criticados, brilhou com dois gols e duas assistências diante dos bolivianos. Lavezzi, outro jogador questionado, teve a chance de começar o jogo como titular e colaborou com mais dois gols.
Entretanto, as maiores críticas e hostilidades caíram sobre Lionel Messi. As palavras machucaram, e o camisa 10 pensou em até ‘dar um tempo' na seleção nacional. As ‘férias' não vieram para sorte do torcedor argentino: o astro do Barcelona fez dois gols, o primeiro logo no contato inicial com a bola.
Além de ressuscitar os astros argentinos, o amistoso desta sexta-feira serviu para apresentar novos nomes. O volante Matías Kranevitter, campeão da Copa Libertadores pelo River Plate, atuou como titular diante dos bolivianos. Já Ángel Correa, estrela do San Lorenzo no título do mesmo torneio no ano passado, entrou no decorrer da etapa final e deixou a sua marca.
Mesmo diante de um frágil rival, a Argentina recupera a confiança antes do início das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2018. Antes da estreia no qualificatório, marcada para 9 de outubro diante do Equador, em Buenos Aires, a equipe de ‘Tata' Martino pega o México, na próxima terça-feira, às 23h (de Brasília), novamente em Arlington-EUA.
Show de criticado, pedidos por Messi e apresentação da futura geração
Diante de um frágil adversário, Martino pôde testar o vasto elenco de jogadores que possui. Além de promover Kranevitter como titular, o treinador se deu ao luxo de relegar Messi ao banco de reservas, a fim de dar mais tempo de jogo a nomes como Erik Lamela, Ezequiel Lavezzi e Nico Gaitán, reservas com potencial a se tornarem importantes durante as Eliminatórias.
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Mesmo com o desentrosamento, a Argentina rapidamente assumiu o controle da partida. Logo aos 6min, Aguero se deslocou, recebeu na intermediária e lançou Lavezzi, que anotou o primeiro. Aos 34min, o atacante do Manchester City aproveitou passe de Roberto Pereyra para carimbar o segundo do time de Tata Martino.
A rápida diferença permitiu aos argentinos se soltarem em campo. Ainda antes do intervalo, Lavezzi, de novo, recebeu bom passe de Aguero aos 41min e aumentou a diferença para três gols em apenas um tempo de jogo.
O fim do primeiro tempo e o placar tranquilo resultaram em um coro praticamente unânime nas arquibancadas: ‘Messi, Messi, Messi'. Os pedidos eram constantes, e alguns torcedores até perderam o quarto tento, anotado por Aguero, logo aos 14min da etapa complementar.
O quarto gol permitiu a Martino, enfim, atender aos pedidos dos torcedores. Messi, por outro lado, respondeu rapidamente à idolatria. Logo no primeiro toque na bola, aos 22min, o craque do Barcelona ganhou de cabeça da defesa boliviana e transformou a goleada em massacre - 5 a 0.
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Messi ainda anotou mais um. Aos 30min, o camisa 10 recebeu dentro da área, driblou o goleiro Daniel Vaca e tocou para as redes. Antes do fim do jogo, aos 39min, as duas ‘novas caras' da Argentina se apresentaram. Kranevitter achou Correa dentro da área, e o meia-atacante driblou o camisa 1 boliviano antes de anotar para as redes. Um 7 a 0 que, pela diferença, foi pouco.
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